Gosto muito da paz do Entroncamento mas vou viver para a Póvoa...ou para o Cacém
Moro no Entroncamento. Nasci na antiga maternidade de Torres Novas, estou registado aqui e sempre aqui vivi. Agora arranjei um emprego em Lisboa e vou viver, ou para a Póvoa de Santa Iria ou para o Cacém. É a vida!
Não me importava de continuar a viver no Entroncamento porque é aqui que tenho ainda alguma família e alguns amigos mas como não sou ferroviário para ter viagens de borla e como a câmara nunca conseguiu que o passe social que vai até Azambuja fosse alargado até aqui, vou-me embora. O dinheiro que iria pagar do passe de comboio, já dá para mais de dois terços do que vou pagar no aluguer de um apartamento e para o passe que tenho que comprar para onde vou a fim de chegar ao trabalho.
Não vale a pena estarem todos a lamentar a desertificação do interior se aqui não há empregos e os transportes são tão caros. Assim, não se consegue atrair ninguém, nem segurar quem aqui gosta de viver. Como diria o outro: se não perceberam eu faço-vos um desenho.
António Manuel Nunes