Grupo permanente de intervenção rápida vai ter quartel em Abrantes
Força para acorrer a situações de catástrofe fica instalada no Regimento de Apoio Militar de Emergência.
A criação de uma equipa permanente de intervenção rápida no Regimento de Apoio Militar de Emergência, em Abrantes, foi anunciada pelo Chefe de Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, durante a iniciativa “Apoio Militar de Emergência - Novos Desafios”, que teve lugar no dia 4 de Abril, na Escola Solano de Abreu, em Abrantes, e que juntou cerca de uma dezena de oradores e agentes de Protecção Civil de todo o país.
A acção eficiente do Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME) no seu primeiro ano de existência, em que se destacou a resposta aos incêndios que assolaram o país em 2017, foi referida pelo general que defende que o regimento “deve assumir o comando, o controlo e as comunicações robustecidas e dedicadas exclusivamente às operações de Apoio Militar de Emergência”, sendo necessário “proceder a ajustamentos organizacionais e testá-los muito rapidamente”.
O processo já em curso passa pela criação de um Grupo de Intervenção Rápida em Catástrofes, que vai funcionar em permanência no quartel de Abrantes, e que vai ter formação com recurso a especialistas estrangeiros, tendo já sido feitos contactos com unidades militares de Espanha, França e Estados Unidos da América.
Além destes investimentos, a operacionalidade do RAME vai ser reforçada com a aquisição de equipamentos que permitirão “ter uma capacidade muito própria pré-instalada”, referiu o general.
A instalação do RAME no concelho de Abrantes foi saudada pela presidente do município, Maria do Céu Albuquerque (PS), que considerou a criação desta unidade militar como “uma nova dimensão de serviço público”.
César Reis, comandante do RAME, um dos oradores do seminário sublinhou que o modelo de actuação da nova equipa deve abranger sinergias, sincronização e formação, entre outros factores, no sentido de “estarmos o mais rapidamente possível, no tempo oportuno, para fazer face às necessidades”.
A intervenção da Unidade de Apoio Militar de Emergência está prevista para situações que envolvam um número elevado de desalojados, riscos tecnológicos, actos terroristas, contaminação do meio ambiente, incêndios florestais, cheias e inundações, sismos e erupções vulcânicas.