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Três mil velas acesas para reclamar mais segurança na EN3
Moradores dos concelhos de Azambuja e Alenquer uniram-se à Plataforma EN3 para exigir obras na via

Três mil velas acesas para reclamar mais segurança na EN3

A sinistralidade rodoviária no troço da Estrada Nacional 3, que liga Azambuja ao Carregado, causou 39 mortes nos últimos 18 anos. Plataforma EN3 exige à Infraestruturas de Portugal obras na via.

Moradores dos concelhos de Azambuja e Alenquer aliaram-se à iniciativa do movimento Plataforma EN3, na noite de 15 de Maio, para distribuir 3500 garrafões de água iluminados com velas, ao longo do troço da Estrada Nacional (EN) 3, que liga Azambuja ao Carregado. A iniciativa pretendeu alertar para a necessidade de obras e falta de segurança num trajecto onde 39 pessoas perderam a vida em acidentes de viação nos últimos 18 anos, segundo os números dos Bombeiros Voluntários de Azambuja.
A ausência de separadores centrais, os acessos às plataformas de logística, falta de iluminação, escassez de fiscalização e estacionamento abusivo são alguns dos problemas apontados pela Plataforma EN3. O movimento, encabeçado por Joaquim Ramos, antigo presidente da Câmara de Azambuja, André Salema, técnico de segurança e saúde no trabalho e presidente dos Bombeiros de Azambuja, e Inês Louro, actual presidente da Junta de Freguesia de Azambuja, foi criado há três anos para reclamar medidas à empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) e fazer chegar ao Governo a necessidade urgente de obras naquela estrada. Os Bombeiros Voluntários de Azambuja e as Câmaras Municipais de Azambuja e Alenquer também integram a Plataforma.
Actualmente, os municípios de Azambuja e Alenquer já se encontram no terreno, juntamente com a Infraestruturas de Portugal para estudarem soluções técnicas, adiantou André Salema a O MRANTE.
Prevê-se que o projecto de obras, já compreendido no plano de acção da IP há vários anos, seja executado em 2019, com investimentos a serem suportados pela IP e os dois municípios.
Segundo Luís de Sousa (PS), presidente da Câmara de Azambuja, “na última reunião com a Infraestruturas de Portugal ficou assente que iriam ser feitas três rotundas e que o tracejado iria passar a traço contínuo, de forma a proibir as mudanças de direcção à esquerda”. Pedro Folgado (PS), presidente da Câmara de Alenquer, acrescenta que em breve haverá novas reuniões para estabelecerem e assinarem o protocolo.

Homenagem às vítimas da EN3
Na mesma iniciativa foram homenageadas as vítimas da EN3, com a colocação na berma de parte de um automóvel, a plantação de um pinheiro e um momento de oração. Um minuto de silêncio foi guardado em memória de todos os que ali perderam a vida. Entre as várias dezenas de pessoas solidárias com a iniciativa estavam algumas vítimas e familiares de vítimas mortais, daquela que é apelidada de “estrada da morte”. Foram elas que descerraram o pano do memorial evocativo onde se lê a frase: “Jamais esqueceremos todos os que perderam a sua vida ou a sua saúde nesta estrada”.

Um memorial a que não se fica indiferente

A EN3 tem agora, numa das bermas junto ao parque de merendas de Vila Nova da Rainha (Azambuja), parte de um automóvel trabalhado e transformado em memorial. José Carlos Matos, natural de Azambuja, é o autor da peça evocativa das vítimas de acidentes na EN 3 entre Azambuja e Carregado. Inicialmente era para ser colocada no mesmo local uma placa com gravações inscritas, mas o artista teve a ideia de criar algo com “mais impacto e significado”. “Serve também como chamada de atenção aos condutores desta estrada”, frisou a O MIRANTE. O chassis de automóvel utilizado para a peça foi oferecido por uma oficina da zona e a obra final foi oferecida pelo artista à Plataforma EN3.

Três mil velas acesas para reclamar mais segurança na EN3

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