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A tradição cumpriu-se com a homenagem ao campino na Feira de Maio
Bernardo Afonso não conteve a emoção no momento da homenagem

A tradição cumpriu-se com a homenagem ao campino na Feira de Maio

A cerimónia foi vivida com emoção por Bernardo Afonso, a quem coube a distinção este ano em Azambuja.

Azambuja acordou solarenga no domingo, 27 de Maio, para assistir a um dos momentos mais solenes da Feira de Maio: a homenagem ao campino. A praça do município encheu-se de pessoas, ainda não passava das 9h00. Em desfile surgiu a banda filarmónica do Centro Cultural Azambujense, enquanto autarcas do município e o presidente da Entidade Regional do Turismo do Alentejo e Ribatejo, Ceia da Silva, se alinhavam em frente aos paços do concelho.
Seguiu-se um momento que não se vê todos os dias. Um cordão formado por dezenas de campinos em cima das suas montadas em volta da praça. Ao centro ficou apenas o homem que iria ser homenageado em cima do seu cavalo branco. Esse homem é Bernardo da Conceição Afonso, de 69 anos, e uma vida a lidar com toiros e cavalos na lezíria ribatejana. O campino natural da freguesia de Samora Correia, concelho de Benavente, foi o homenageado nesta Feira de Maio. Fez-se campino era ainda uma criança, na Herdade Conde Cabral, onde já o seu pai tinha desempenhado a mesma actividade.
Com esta homenagem Bernardo Afonso diz sentir-se muito feliz, por si e por todos os seus “colegas” campinos, pois esta “é uma homenagem a todos os campinos”. Ouvia atentamente uma breve passagem da sua biografia quando os olhos se lhe turvaram de água, mas Bernardo Afonso confessou a O MIRANTE que a “emoção maior foi quando eles - campinos e amadores - me vieram cumprimentar. É sinal de grande respeito e isso fica no meu coração”.
Luís de Sousa (PS), presidente da Câmara Municipal de Azambuja, frisou no seu discurso que “a figura do campino é muitas vezes utilizada como um símbolo turístico nacional”. Sendo o campino “um dos elementos principais da cultura portuguesa”, a Azambuja tem, segundo Luís de Sousa, a obrigação de divulgar e homenagear a tradição e os homens que preservam a criação do gado bravo “tão enraizada no Ribatejo”.

A tradição cumpriu-se com a homenagem ao campino na Feira de Maio

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