Feira do Ribatejo representa 80% do volume de negócios do CNEMA
A Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo é o grande negócio da administração do CNEMA que só em nove dias de feira realiza mais de 80% do seu volume de negócios. Em termos de entradas pagas a feira também representa 84% das receitas anuais.
A organização da Feira Nacional de Agricultura/ Feira do Ribatejo é a grande seara da administração do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) que consegue realizar cerca de 80% do seu volume de negócios em apenas nove dias, tantos quantos dura a tradicional Feira de Santarém e do Ribatejo.
Apesar de ser um espaço vocacionado para feiras e grandes certames o CNEMA mantém um volume de negócios sempre perto dos dois milhões de euros e sempre baseado nas receitas da Feira da Agricultura. Os outros certames, que completam o calendário anual, recebem pouco investimento, são pouco publicitados e não mobilizam o país e a região como acontece com a Feira do Ribatejo que já vai na sua 65ª edição.
As contas de 2017 do CNEMA, que foram aprovadas em assembleia geral no dia 2 de Março de 2018, apresentam um volume de negócios de 2.575 mil euros. Só em rendimentos resultantes da organização da Feira da Agricultura o CNEMA arrecadou 2.020 mil euros.
Também ao nível das entradas pagas a Feira da Agricultura representa 84% das receitas anuais do CNEMA, o que diz bem da importância do certame na vida da instituição e da sua dependência para apresentar resultados positivos ao fim do ano.
O CNEMA gasta anualmente cerca de 520 mil euros em vencimentos para pagar ao seu quadro de pessoal que são cerca de 20 funcionários. A média dos vencimentos anda na ordem dos mil e quinhentos euros.
Certame de 2018 tem um dia dedicado a Santarém
Uma das grandes novidades da Feira deste ano é o dia dedicado ao município de Santarém. O MIRANTE dá conta nesta edição (ver texto nesta edição) que a câmara municipal pagou 25 mil euros para patrocinar um dia especial dedicado ao município. Um dado curioso a ter em conta já que nos últimos anos a administração do CNEMA esteve sempre de costas voltas para a autarquia (ou vice-versa). Para o facto deve ter contribuído a entrada do novo presidente do conselho de administração do CNEMA, Eduardo Oliveira e Sousa, que substituiu João Machado, que terá pedido para sair devido a problemas da sua vida pessoal e empresarial. Recorde-se que o CNEMA cobra sete euros pela entrada na Feira.