Cartaxo reclama intervenção em cruzamento e quer viaduto em Santana
Cruzamento na variante à EN 365-2 entre Cartaxo e Aveiras de Cima é palco regular de acidentes, alguns deles com vítimas. Passagem superior sobre a Linha do Norte em Santana é falada há muito.
A Câmara do Cartaxo alertou a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) para a “elevada sinistralidade” no cruzamento de acesso à Lapa, Ereira e Pontével (sul), na Variante à Estrada Nacional 365-2 Cartaxo/Aveiras de Cima, reivindicando uma intervenção no local.
Numa carta enviada ao presidente da IP, António Laranjo, o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), reivindica a remarcação da sinalização horizontal e a construção de uma rotunda “que promova a redução de velocidade e a consequente redução de acidentes causados por excesso de velocidade” naquele cruzamento.
Uma nota do município afirma que o cruzamento localizado ao quilómetro 3,5 da Variante à EN 365-2 Cartaxo/Aveiras de Cima “apresenta elevada sinistralidade”, com o Guia para a Elaboração de Planos Municipais de Segurança Rodoviária a indicar que, entre 2010 e 2016, se registaram neste local “cinco acidentes com vítimas, com índice de gravidade 60”.
Viaduto de Santana não sai do papel
O autarca reclama ainda a “necessidade de retomar o acordo para a execução do Viaduto de Santana” na linha ferroviária do Norte, lembrando que a obra para alteração do traçado na zona de passagem de nível ao quilómetro 60 e a modernização do actual apeadeiro de Santana/Cartaxo, localizado junto da passagem de nível agora existente, chegou a ser adjudicada em 2012.
Para Pedro Ribeiro, a construção de uma passagem superior à linha do Norte “é uma obra essencial à mobilidade” no concelho e “estruturante no que respeita ao transporte rodoviário nacional”.
Para o autarca, essa obra irá assegurar que a população de Valada “não ficará isolada em altura de cheia e que o trânsito circula com uma segurança muito maior para a outra margem do Tejo”, além de que permitirá à CP “tirar maior partido da remodelação da linha férrea, feita há anos, que permite velocidades de 220 quilómetros/hora”.
Frisando que tem vindo a insistir com a empresa desde 2014 para a concretização desta obra, Pedro Ribeiro refere que, além da supressão da passagem de nível, a intervenção prevê a substituição da ponte rodoviária, “cujo estado de conservação condiciona o tráfego rodoviário” na Estrada Nacional 3-3.
O autarca defende “a elaboração de um novo protocolo conjunto”, que defina a comparticipação de cada entidade, “para que o lançamento de um novo procedimento de adjudicação da obra possa ser feito quanto antes, resolvendo um constrangimento rodoviário e ferroviário que será estruturante” para o concelho, mas também para a região e o país, uma vez que se trata da principal ligação ferroviária nacional.