Deve haver algum engano. O presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, pessoa de grande craveira intelectual e sólida formação moral comprovada na sua antiga actividade de recuperação de retábulos de igrejas e esculturas de Cristos e Santos, o mais que poderia ter chamado ao jornalista era Filho da Murta e não dessa tal Substituta, mencionada no artigo.
Além disso, se os pneus do carro apareceram cortados isso foi, com certeza, castigo divino, pelo facto de ele escolher sempre e propositadamente o pior ângulo para fotografar o excelso autarca. Porque é que, em vez de fotografar quando ele está ao longe e de costas, por exemplo, insiste em fotografá-lo ao perto e de frente? Porquê??!!
Noutros tempos levaria com um dilúvio à Noé em cima; ou veria o bloco de apontamentos devorado por uma praga de gafanhotos. Agora, claro, é perfeitamente compreensível que quem sofra sejam os pneus, actualmente equiparados às ferraduras das antigas bestas.
Mas o tal jornalista Filho da Murta, que foi rebaptizado com aquele nome bíblico pelo nóvel S. Paulo, o Queimado, por ter brincado com o facto de este ter ofertado uma garrafa de água mineral à senhora vive-presidenta, não mereceu tão ciclópico castigo.
E aqui, embora me arrisque também a uma das sete pragas do Egipto, provavelmente aquela que mete adubo natural em cascata, é que eu discordo da punição infligida. Se o S. Queimado da Chamusca queria oferecer água à sua sequiosa vice, o correcto seria oferecer-lhe água da torneira com a chancela da empresa...Águas do Ribatejo. Tenho razão ou não tenho?!!
Rui Ricardo