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O que pensam os jovens de dar beijos aos avós

O que pensam os jovens de dar beijos aos avós

O MIRANTE foi ouvir vários alunos distinguidos na entrega de diplomas do Quadro de Valor e Excelência das escolas do concelho de Santarém e nenhum se confessou contrariado ou violentado por ter que cumprimentar os familiares mais velhos dessa forma.

Beijo é sinal de carinho, respeito, amizade e não há avós que não gostem de os dar aos seus netos. Mas e quando as crianças não querem? Será que é uma violência obrigar as crianças a cumprimentar os avós com essa saudação tradicional, como defendeu recentemente um professor universitário num programa televisivo que suscitou polémica. O MIRANTE foi ouvir a opinião dos mais novos durante a entrega de diplomas do Quadro de Valor e Excelência aos alunos das escolas do concelho de Santarém, realizada na sexta-feira, 19 de Outubro.
Acabado de receber beijinhos da sua avó está André Santos. A frequentar o 6° ano de escolaridade na EB 2,3 Alexandre Herculano, o jovem de 11 anos admite que já gostou mais de dar beijos do que agora, mas nunca se sentiu obrigado pelos pais a ter maior contacto físico na hora de cumprimentar. “Nunca ninguém me obrigou a nada e não acho que seja violento. É uma forma de mostrar carinho”, confessa o jovem residente em Santarém.
É a primeira vez que André é distinguido pelas suas boas notas. Uma proeza que diz que está ao alcance de qualquer um. Basta ser aplicado e estar atento nas aulas. E será que tendo boas notas atrai namoradas? André acredita que sim, pois todas as raparigas preferem ter ao lado alguém que seja doutor ou engenheiro que ganhe bem do que “trabalhe a apanhar lixo” e ganhe mal.
Acompanhado dos avós está também Manuel Videira. O estudante que frequenta o 8.º ano de escolaridade na EB 2,3 D. João II, confessa que, apesar de haver pessoas contra isso, dar beijos aos avós é algo que todos devem fazer. “Se damos beijinhos aos pais, aos amigos dos pais, porque não também cumprimentar dessa forma os avós?”, questiona o jovem de 13 anos a O MIRANTE.

Leonor Cardoso

A mesma opinião é partilhada por Leonor Cardoso. A jovem de 11 anos, que frequenta o 6.º ano de escolaridade na EB 2,3 Mem Ramires, diz que cumprimentar os avós com um beijo é uma questão de educação. “São família e, por isso, não é nenhuma obrigação”, admite Leonor.
De sorrisos rasgados e a abraçar os avós encontramos os primos Tiago Stoffel e Catarina Stoffel. Ambos garantem que beijar os avós não tem nada de violento, sendo sim uma forma das pessoas expressarem o seu afecto. “Nós beijamos porque sentimos um grande amor pelos nossos avós. Ninguém nos obriga”, adiantam os jovens de 15 e 18 anos.

Manuel Videira, André Santos, Leonor Cardoso e os primos Tiago e Catarina Stoffel dizem que não é uma obrigação dar beijos aos avós.

Mais de 400 alunos distinguidos

No total foram distinguidos pela Câmara de Santarém mais de 400 alunos dos Agrupamentos de Escolas Sá da Bandeira, Dr. Ginestal Machado, Alexandre Herculano e D. Afonso Henriques, do Jardim-Escola João de Deus, do Colégio Infante Santo, da Escola Profissional Vale do Tejo, da Escola Técnica e Profissional do Ribatejo e do CENFIM – Núcleo de Santarém.

O que pensam os jovens de dar beijos aos avós

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