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Orçamento a subir e dívida a baixar na Câmara de Rio Maior
Município prevê início de obras emblemáticas em 2019, como a requalificação da zona ribeirinha
Continuar a reduzir a dívida e a fazer obras é o mote que preside ao plano de actividades e orçamento da Câmara Municipal de Rio Maior para 2019. O orçamento municipal sobe cinco por cento face a 2018, cifrando--se nos 24,6 milhões de euros e contempla obras que são bandeiras da gestão PSD/CDS, como a requalificação e valorização da zona ribeirinha da cidade e da villa romana ou a construção de uma residência para estudantes mais carenciados.
A dívida global do município vai chegar aos 8,4 milhões de euros no final de 2018, menos 17,6 milhões de euros do que o valor existente quando a coligação PSD/CDS sucedeu ao PS na gestão do município, em 2009, como realçou Lopes Candoso (PSD). O vereador sublinhou que a redução da dívida não implicou corte no investimento, realçando ainda que a autarquia hoje paga a 30 dias e transfere mais dinheiro para as juntas de freguesia.
A maioria não gostou nada de ouvir o vereador socialista Daniel Pinto criticar que as propostas do PS para o orçamento de 2019 não foram tidas em conta, com o vice-presidente da câmara, Filipe Santana Dias (PSD), a informar os presentes que as sugestões dos socialistas chegaram fora do prazo combinado e já sem possibilidade de serem avaliadas e, eventualmente, inscritas no documento.
Santana Dias referiu ainda que se a presidente da câmara Isaura Morais (PSD) cessasse agora funções poderia fazê-lo com a garantia de que já deixara a sua marca em Rio Maior. Não só pela dívida paga e pela obra já feita ou prevista para breve como por ter imposto “seriedade e rectidão nas contas públicas, coisa que até 2009 não existia”.
Isaura Morais também deu a sua achega ao debate declarando que o orçamento reflecte as prioridades e estratégia da actual maioria e que os investimentos previstos na área da requalificação urbana foram amplamente debatidos, inclusivamente numa sessão aberta à participação dos cidadãos. “O senhor esteve lá e não apresentou qualquer proposta”, disse dirigindo-se ao vereador da oposição socialista.
Daniel Pinto, que foi o único a votar contra nesse ponto, abrira as hostilidades dizendo precisamente que o orçamento, embora tivesse medidas e projectos válidos e meritórios, não reflectia aquelas que, para o PS, deviam ser as prioridades tendo em vista o desenvolvimento do concelho. “A presidente tem a derradeira oportunidade de deixar a sua marca e as opções estão espelhadas nestes documentos”, concluiu.
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