A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS), anunciou na reunião do executivo de 30 de Outubro que colocou na passada semana à disposição o seu lugar de presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT). Uma hipótese que não foi aceite pelos seus colegas presidentes de câmara que compõem essa entidade supramunicipal.
A atitude de Maria do Céu Albuquerque prende-se com o facto de os vereadores do seu partido na Câmara de Abrantes não terem aceite a adesão desse município ao novo serviço intermunicipal de gestão do sistema de água em baixa, que está a ser criado no seio da CIMT. Maria do Céu Albuquerque considera que “Abrantes teria condições para aderir a este processo” e acrescenta que não concorda com a posição tomada que, na sua opinião, colide com a função que desempenha à frente da comunidade intermunicipal. Resignada, a presidente referiu que “em política vale mais uma má decisão que uma não decisão”.
A proposta de criação do novo serviço intermunicipal de gestão do sistema de água em baixa foi aceite por apenas sete dos treze municípios que compõem a CIMT: Constância, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Vila Nova da Barquinha e Tomar. Ficaram de fora os municípios de Abrantes, Alcanena, Entroncamento, Torres Novas, Vila de Rei e Sertã.
Os 12 restantes presidentes de câmara que integram a CIMT rejeitaram, por unanimidade, a proposta de demissão apresentada por Maria do Céu Albuquerque.