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Novas tecnologias facilitam trabalho das tipografias mas geram fascínio pelo passado
Miguel Sanches (director da Licenciatura Design e Tecnologia das Artes Gráficas) e Luis Moreira (director do Mestrado em Design Editorial)

Novas tecnologias facilitam trabalho das tipografias mas geram fascínio pelo passado

Encontro de Tipografia, no Instituto Politécnico de Tomar, reúne mais designers que tipógrafos.

A partilha de conhecimentos entre quem trabalha directa ou indirectamente com a tipografia, foi o objectivo principal do 9º Encontro de Tipografia, que decorreu entre 15 e 17 de Novembro no Instituto Politécnico de Tomar.
O encontro foi uma organização conjunta da Licenciatura em Design e Tecnologia das Artes Gráficas e do Mestrado em Design Editorial do Politécnico de Tomar e ao contrário do que aconteceu nas primeiras edições, não foi apenas um encontro de tipógrafos. No painel de oradores surgia apenas uma tipógrafa. Veronika Burian (desenhadora de tipos de letras), sendo os restantes designers.
Miguel Sanches, responsável pelo curso de Design e Tecnologia de Artes Gráficas, explicou a O MIRANTE que em Portugal há muitos jovens atraídos pela tipografia, alguns dos quais trabalham na área do desenho do tipo de letra e outros na área do processo de impressão tipográfica.
"Neste momento estamos a viver uma fase de adaptação às tecnologias digitais, ou seja, temos cada vez mais ferramentas rigorosas e importantes e os tipógrafos, as pessoas que desenham letras e que se preocupam com esse tipo de pormenores, estão cada vez mais a usar essas tecnologias a seu favor", sublinhou.
A desvalorização do que é feito com recurso às novas tecnologias está a ser compensada com o trabalho de profissionais que apostam na exclusividade e qualidade da tipografia e o professor disse à nossa reportagem que está a verificar-se um movimento de retorno à antiga tecnologia tipográfica. Começou nos Estados Unidos e em Portugal já existem alguns estúdios que só fazem trabalhos com máquinas antigas e caracteres de chumbo”, referiu.
Rodrigo Gonçalves, estudante de 2º ano da Licenciatura de Design e Tecnologia das Artes Gráficas do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), é um entusiasta deste movimento. “A tipografia está a voltar a ter muita importância para pequenos pedidos e trabalhos mais especiais. As máquinas antigas têm o traço de linha muito perfeito, deixando mesmo uma marca e para trabalhos que requerem um requinte ou toque diferente, como por exemplo os rótulos de garrafas de vinho, isto apenas é possível alcançar com este tipo de impressão”, explicou durante a sessão que decorreu no dia 17.
O encontro de Tomar teve a participação de designers, professores e alunos e a organização pensa ser possível alargar a participação em futuros encontros aos utilizadores da tipografia.

Exposição “Tipografia, Identidade, Teatralidade” até 6 de Janeiro

No âmbito do alargamento do interesse pela tipografia, foi inaugurada a exposição “Tipografia, Identidade, Teatralidade” de Jorge dos Reis, que tem um percurso tipográfico e expositivo extenso situado algures entre a personalidade de tipógrafo e de artista. Trata-se de uma oportunidade de os visitantes perceberem o processo de criação dos diferentes tipos de letra. A exposição estará no Centro de Arte e Imagem, na Av. Cândido Madureira, em Tomar, até dia 6 de Janeiro de 2019 com entrada livre, de quinta-feira a domingo.

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