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Há muita procura mas poucas casas para vender
Isabel Leão trabalha no ramo imobiliário desde a sua maioridade

Há muita procura mas poucas casas para vender

Isabel Leão, 42 anos, é proprietária da imobiliária ERA Santarém

Isabel Leão, 42 anos, nunca pensou trabalhar no ramo imobiliário até à sua maioridade. Mas, um dia, uma amiga da mãe convidou-a para ir trabalhar nas férias para a sua imobiliária e o bichinho nunca mais a largou. Gosta do facto de os dias nunca serem iguais e de poder ajudar as pessoas. Isabel é casada, tem dois filhos e o seu dia-a-dia divide-se entre a empresa que gere, a ERA Santarém, junto ao centro comercial W Shopping, em Santarém, e a sua vida familiar.

Para a proprietária da ERA Santarém, a maior dificuldade que sente, actualmente, é a falta de produto para a procura que têm e também a falta de pessoas interessadas em trabalhar no ramo imobiliário. “Temos muitos clientes, mas há muita falta de imóveis e de pessoal a querer iniciar carreira como mediador imobiliário”, admite, garantindo que quanto mais concorrência de empresas imobiliárias houver, melhor e mais saudável se torna o mercado.
Nascida em Caldas da Rainha e criada em Odivelas, Isabel Leão sempre gostou de desafios. Apoio foi o que não faltou por parte da sua família, tendo iniciado a sua carreira no ramo imobiliário com 18 anos. “A amiga da minha mãe tinha acabado de abrir o seu negócio e, como queria ganhar uns trocos nas férias, aceitei o convite que ela me fez para ir para lá trabalhar. Depois, comecei a interessar-me e apaixonei-me pelo ramo”, confessa a proprietária da ERA Santarém, que, em 2002, decidiu arriscar e abrir o seu próprio negócio em Santarém com uma sócia.
“Surgiu o desafio e não o deixei passar ao lado. Primeiro comecei com uma sócia e, em 2006, passei a ser a proprietária da ERA Santarém”, conta Isabel Leão, lembrando que os primeiros tempos não foram fáceis já que, na altura, vivia em Odivelas e Santarém era uma cidade que não a seduzia. “Estava habituada a uma grande cidade e, de repente, vim para Santarém. Foi uma mudança grande mas acabei por me habituar e apaixonar”, admite a empresária que, já em 2003, acabou por tirar um curso de mediação imobiliária, em regime pós-laboral, em Santarém.

Os dias nunca são iguais
Mais ligada ao departamento processual da sua empresa, o dia-a-dia de Isabel Leão é passado em frente ao computador, entre papéis, certidões e escrituras, reuniões e a realizar as tarefas de mãe. “Os meus dias nunca são iguais. Tanto posso estar a tratar de papelada no banco como posso estar em reuniões com clientes ou com o departamento comercial. Quanto aos fins-de-semana, esses são passados em família, apesar de, às vezes, levar trabalho para casa”, adianta.
O contacto diário com muita gente faz com que tenha muitas histórias para contar. Um dia, conta, “desloquei-me com um comercial a São Domingos (Santarém) para fazer uma prospecção de mercado naquela zona e entrámos num prédio que não tinha elevador. Subimos ao terceiro andar e, já ofegante por ter subido tantas escadas, bati à porta de uma idosa que lá morava. Foi quando ela contou que não costumava sair para não fazer esforços e propusemos que ela vendesse o imóvel e comprasse outro. E foi o que fez, vendeu o andar e adquiriu um rés-do-chão”.
Outra história marcante envolveu um casal que residia em Santarém e tinha os filhos a viver longe. “Na altura, estávamos a fazer uma prospecção de mercado na zona e confidenciaram-nos que queriam ir viver para perto da família que residia em Alferrarrede, Abrantes. Resultado: aquilo que era uma vontade passou a ser uma realidade. Nós ajudámos a vender a casa do casal e eles adquiriram outra em Alferrarede”, refere.
Isabel Leão não tem dúvidas que Santarém é uma cidade muito bem localizada e com muito potencial, precisa é que se repensem alguns pontos, como é o caso do investimento na ferrovia. “Os preços praticados em Lisboa, no mercado imobiliário, estão pela hora da morte. Se investissem mais nos comboios iriam, com certeza, captar mais pessoas para virem viver para Santarém e melhorar o mercado imobiliário da região”, acredita a empresária que afirma que o seu ramo encontra-se, neste momento, estabilizado.

Há muita procura mas poucas casas para vender

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