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Novo passe único na AML vai custar quase dois milhões de euros a Vila Franca de Xira
Cofres da câmara de Vila Franca de Xira vão ficar mais vazios para financiar novo sistema de passes na Área Metropolitana de Lisboa

Novo passe único na AML vai custar quase dois milhões de euros a Vila Franca de Xira

Presidente do município diz que se trata de uma das medidas sociais mais importantes desde o 25 de Abril.

Para financiar a sua parte do sistema de passe único de transportes que vai ser criado no próximo ano na Área Metropolitana de Lisboa (AML) a Câmara de Vila Franca de Xira vai ter de pagar um milhão e 900 mil euros. O valor foi avançado pelo presidente do executivo, Alberto Mesquita (PS), durante a votação da proposta de delegação de competências na AML no domínio dos serviços públicos de transporte de passageiros.
A proposta foi aprovada por maioria com a abstenção do Bloco de Esquerda, que considerou que a solução encontrada podia ser mais ambiciosa.
Alberto Mesquita diz que a solução vai permitir dotar os cidadãos de uma das medidas sociais mais importantes desde a revolução do 25 de Abril. Trata-se de vir a permitir aos utentes de transportes públicos usar um só passe em toda a zona da grande Lisboa, pagando no máximo 30 euros (entre Vila Franca de Xira e Lisboa), 40 euros (para os restantes concelhos da AML) e 80 euros (valor máximo por família). Os jovens até 12 anos não pagam e acaba-se o passe L123, que chegava a custar, em alguns casos, 140 euros mensais por pessoa. O novo passe vai também permitir uma multimodalidade de uso de meios – autocarros, comboios, barcos e metro.
“Tomámos uma decisão histórica na AML e criámos condições para que, por unanimidade, todos os 18 municípios aceitassem as condições para que a empresa Carris Metropolitana fosse possível. É uma medida com um alcance enorme e todos vamos ter de fazer um esforço para isto correr da melhor maneira”, refere o autarca.
O valor financeiro envolvido é elevado e nem todas as questões de financiamento estatal estão ainda resolvidas, admite Mesquita, lembrando que vêm aí tempos de investimento menor e despesas correntes cada vez maiores. “Acho que vale a pena. Quando falamos de questões de carácter social temos de fazer o esforço possível para que todo este processo corra bem”, afirma.

Não esquecer quem já trabalha nos transportes
O concurso internacional para a criação da nova Carris Metropolitana avança no início de 2019, por lotes, o que significa que poderá haver um único operador ou vários. “É preciso encontrar soluções para manter os direitos actuais dos trabalhadores que estão nos vários operadores que poderão não ser escolhidos. A defesa dos direitos dos trabalhadores dessas empresas é uma matéria que não podemos deixar de ter em atenção”, frisou o autarca, bem como Nuno Libório, da CDU. O autarca comunista lembrou também a necessidade de renovação da frota, em particular a rodoviária e ferroviária. Alberto Mesquita partilha da ideia.

Azambuja estuda possibilidade de aderir

A Câmara de Azambuja está a estudar a possibilidade de vir a a aderir ao projecto que visa a criação de um passe único para os transportes públicos na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Apesar de Azambuja não pertencer à AML, o presidente do município, Luís de Sousa (PS), diz que falou com o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que “deixou a porta aberta para Azambuja entrar no projecto”.
Azambuja deixou de integrar a AML há 14 anos, por decisão própria, para passar a fazer parte da antiga Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo, actual Comunidade Intermunicipal (CIMLT). A O MIRANTE, Luís de Sousa conta que o município tem “estado em conversações com a Câmara de Lisboa e é intenção que esta medida se concretize, pois irá trazer benefícios para os utilizadores dos transportes públicos deste concelho”.
Luís de Sousa acrescenta ainda que “está a ser feita uma avaliação detalhada dos custos” que esse projecto poderá trazer para os cofres municipais. O vereador Silvino Lúcio (PS) sublinhou em reunião de câmara que a redução dos custos do passe social trará “grande impacto no orçamento das famílias” e que este município está a fazer “força para que a medida vá para a frente”.

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