Obras na Estrada Nacional 3 em Azambuja só chegam em 2020
Empresa pública Infraestruturas de Portugal e Câmara de Azambuja chegam a acordo sobre financiamento da obra. Presidente do município confessa o seu desagrado pela demora do arranque das obras e por a autarquia ter de pagar metade dos custos de construção de duas rotundas.
O troço da Estrada Nacional 3 entre Azambuja e o Carregado vai ser alvo de requalificação, em 2020, uma obra há muito requerida pela Câmara de Azambuja e pelo movimento Plataforma EN3. A empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) e o município chegaram a acordo sobre o projecto de intervenção e beneficiação desse troço, com a autarquia a ter de suportar 50 por cento do custo das duas rotundas que vão ser construídas. Iluminação pública, passagens para peões e expropriações de terreno, necessárias à obra vão ser suportadas pela IP, que só vai lançar concurso público para a empreitada daqui a dois anos.
Luís de Sousa (PS), presidente da Câmara de Azambuja, manifesta o seu desagrado pela demora do arranque das obras, que “já vem tarde devido ao número de acidentes mortais que têm ocorrido nessa estrada”.
Sobre o acordo entre as duas entidades, o autarca lamenta que o município tenha de suportar 50 por cento do custo das rotundas que vão situar-se no km 5,8 e no km 6,4 da EN3. “Vamos ter de disponibilizar cerca de 150 mil euros, mas não deveríamos sequer pagar um cêntimo, porque esta obra é uma obrigação do Estado e não da câmara. Só o fazemos porque queremos uma resolução para este problema”, critica.
Sinistralidade reduzida em 90 por cento
A O MIRANTE, a IP explica que “parte considerável da sinistralidade registada tem por origem factores que não decorrem da infraestrutura rodoviária existente, mas resultam de ultrapassagens mal calculadas ou pela invasão súbita da via contrária”.
Luís de Sousa acredita que com a construção das rotundas e a proibição de ultrapassagens e viragens à esquerda, “o problema fica resolvido em 90 por cento”. A duplicação das vias de circulação é apontada pelo autarca como a solução mais adequada para aquele troço, mas a IP descartou-a. “Foi-nos dito que para isso não há dinheiro e, por isso, tivemos de pensar em soluções viáveis”, acrescenta.
O movimento Plataforma EN3 continua a exigir medidas urgentes ao Governo para a requalificação do troço da EN3 que atravessa o concelho de Azambuja. No domingo, 18 de Novembro, o movimento voltou a protestar, organizando uma marcha lenta em memória dos que perderam a vida na EN3.