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Democracia...uma ova!

Os políticos, sejam governantes, deputados ou presidentes de câmara, não têm qualquer elo de responsabilidade com os eleitores e impedem das mais variadas formas a participação da população no controle de qualidade dos actos que praticam.
Vivem em gabinetes fechados e com todos os contactos com os cidadãos filtrados por secretárias, chefes de gabinete, assessores, relações públicas e seguranças.
Os presidentes de câmara que, por representarem o poder local também se fecham e protegem e não aceitam críticas nem sugestões, nem observações, acham que tendo sido eleitos podem fazer tudo o que querem sem ter que se justificar. Não respondem aos cidadãos, quando não os perseguem, nem sequer aos jornalistas. Só aceitam ouvir louvores e hossanas a que chamam, com evidente gozo, críticas construtivas.
Acontece que eles foram escolhidos para ser candidatos por duas ou três dezenas de militantes dos respectivos partidos, muitas vezes graças a disputas internas. Depois são eleitos por minorias cada vez mais pequenas de eleitores, não representando por isso a maioria dos mesmos, nem de perto nem de longe.
O que decidem é opaco e escondido. A maioria das decisões são tomadas nos seus gabinetes sem qualquer tipo de publicidade e mesmo quando são tomadas em reuniões públicas, os cidadãos não têm acesso à documentação que as fundamentou. As promessas que são feitas em períodos eleitorais são falsas ou feitas com meias verdades, não se concretizando na maior parte dos casos. Nas eleições em que há candidatos no poder, estes utilizam meios públicos para se manterem onde estão, distribuindo migalhas, subsídios e cargos. As eleições não são democráticas!
Como escreveu recentemente o Presidente do OBEGEF – Observatório de Economia e Gestão de Fraude, Óscar Afonso, “As decisões sobre o “imediatamente visível” são casuísticas e discricionárias, não distinguem o essencial do acessório e asseguram que a riqueza é distribuída “para cima” (à elite) com algumas “esmolas” “para baixo” (aos pobres). O poder político não responde aos interesses de todos e não há vergonha na prática de actos abusivos que se criticavam em anteriores detentores do poder. (...) O compadrio, a criação de intermediários improdutivos e de parasitas originados pelos partidos políticos é, de facto, a regra, desprezando-se a meritocracia em favor de interesses pessoais e/ou políticos. “
Fernando de Carvalho

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