Funeral de amigas de Almeirim ainda vai demorar alguns dias
Corpos só serão libertados após resultados dos testes de ADN para se confirmar identidade.
O funeral das duas amigas de Almeirim que morreram carbonizadas num acidente há quase três semanas no IC10, em Santarém, ainda vai demorar alguns dias. As famílias podem ter de esperar pelo menos mais uma semana até que os corpos sejam libertados pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) e entregues pelo Ministério Público para as cerimónias fúnebres. O tempo que está a demorar até à realização dos funerais prende-se com o facto de ser necessário fazer vários exames, entre os quais os de ADN, para se confirmar a identidade de Patrícia Patrício e Diana Ferreira, que ficaram irreconhecíveis. À hora de fecho desta edição, na quarta-feira, 9 de Janeiro ainda não havia previsões.
Contactado o Instituto Nacional de Medicina Legal, o secretário Rui Gonçalves refere a O MIRANTE que não há uma previsão exacta de quando é que os corpos podem ser libertados, esclarecendo que o tempo que a situação está a demorar não tem a ver com atrasos ou falta de pessoal. O responsável salienta que é necessário cumprir os “tempos laboratoriais”, ou seja é preciso cumprir prazos definidos para se obterem resultados fiáveis. Prazos que têm a ver com o tempo que as amostras têm que aguardar, seja na fase de preparação, seja depois na reacção com os produtos.
O secretário do INMLCF sublinha que os corpos serão libertados o “mais rápido possível”. O Ministério Público da Comarca de Santarém ordenou a realização de exames toxicológicos e outros, mas também os testes de ADN para se confirmar que os corpos correspondem a Patrícia e a Diana e qual é o corpo de cada uma. Segundo
O MIRANTE apurou junto das autoridades, os familiares foram notificados pessoalmente pela GNR para se apresentarem logo que pudessem para recolha de amostras para os testes de ADN.
O Ministério Público também informou da necessidade de urgência no caso, de modo a que as famílias não tenham de esperar mais do que é necessário. É preciso ter todas as certezas, até porque, recorde-se, inicialmente chegou a pensar-se que uma das vítimas era o filho de 10 anos de idade de Patrícia Patrício.
Diana, natural de Cortiçóis, concelho de Almeirim, e Patrícia, natural de Almeirim, seguiam numa viatura no IC10, entre Almeirim e Santarém, quando se despistaram por volta das três da manhã, do dia 21 de Dezembro. O carro embateu num separador de cimento e incendiou-se. A má visibilidade devido ao nevoeiro pode ter contribuído para o acidente, cujas causas ainda estão a ser investigadas.