Uma equipa constituída pelos médicos Luís Tomaz (Chefe de Serviço de Ortopedia do Hospital de Santarém) António Robalo (Hospital de Santarém) e António Seco (Hospital Lusíadas) realizaram esta semana a primeira cirurgia artroscópica da anca no Hospital de Santarém (mínima invasão com máximos resultados).
A artroscopia da anca é uma das grandes inovações na cirurgia ortopédica moderna. O paradigma “grande incisão grande cirurgião” está, na actualidade, a ser substituído por um novo paradigma de “pequena incisão, pequena agressão, grande cirurgião”.
Há uma tendência para a cirurgia minimamente invasiva em todas as áreas cirúrgicas, também na Ortopedia, nomeadamente na anca.
A procura de abordagens minimamente invasivas é uma tendência actual, embora a preocupação minimamente invasiva não deve em altura alguma sobrepor-se à eficácia do gesto terapêutico. A artroscopía é o método minimamente invasivo por excelência.
Há actualmente tendência para tratar artroscopicamente sempre que o problema assim o permita e a cirurgia artroscópica pode ser efectuada em todas as articulações. As mais frequentemente abordadas por artroscopia são o joelho, o ombro, o tornozelo e a anca. A anca é uma das últimas articulações onde a cirurgia tradicional tem vindo a ser substituída pela cirurgia artroscopica. O procedimento é exigente e complexo e deve ser realizado por equipas cirúrgicas altamente diferenciadas e experimentadas.
Permite avaliar e tratar, o compartimento intra-articular central (patologia do labrum; patologia osteocondral, patologia do tecido sinovial, conflito femoro-acetabular, etc); o compartimento intra-articular periférico (Conflito femoro-acetabular, osteofitose, tumores, patologia sinovial, etc) e o compartimento extra-articular ( trocanterites; bursites trocantéricas, ancas de ressalto interna e externa, etc).