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Sardoal é um bom exemplo na prevenção de fogos florestais
António Costa, de visita ao Sardoal, onde se inteirou sobre os trabalhos de limpeza das florestas desenvolvidos no município e na região do Médio Tejo

Sardoal é um bom exemplo na prevenção de fogos florestais

Primeiro-ministro visitou concelho do norte do distrito de Santarém e elogiou trabalho ali desenvolvido. A devastação causada pelos incêndios de 2017 despertou a comunidade de Alcaravela para a necessidade das acções individuais e colectivas de prevenção.

O concelho do Sardoal é um bom exemplo das práticas desenvolvidas na prevenção de incêndios florestais. “É um exemplo do trabalho extraordinário desenvolvido a nível nacional. A grande prioridade assenta na sensibilização e na prevenção”. As palavras são do primeiro-ministro, António Costa, que visitou o município na manhã de sábado, 23 de Março, para conhecer o trabalho de sensibilização e prevenção que está a ser feito. A visita decorreu na freguesia de Alcaravela.
O presidente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges (PSD), sublinhou que o trabalho de consciencialização colectiva no concelho, e nomeadamente na freguesia de Alcaravela, afirmou-se depois do grande incêndio de 2017, com as chamas a consumirem mais de 1.400 hectares de floresta – sobretudo eucaliptos e pinheiros – e a devastarem mais de um terço da freguesia. Alcaravela é uma freguesia com cerca de mil habitantes composta por 14 aldeias dispersas por um território de 36 quilómetros quadrados, dos quais 90% são mancha florestal.
“A devastação causada pelo grande fogo de 2017 despertou a comunidade para a necessidade das acções individuais e colectivas de prevenção. Mais vale pagar do que apagar, é o que costumo dizer”, referiu o presidente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges. O autarca explicou que o município investiu em acções de limpeza da floresta, na criação de estradões, faixas de contenção e protecção de combustíveis junto das redes viárias.
António Costa elogiou o trabalho feito. “Pagar é uma obrigação que temos porque estamos a utilizar, com um fim, o dinheiro dos contribuintes para que possamos ter as nossas vidas seguras, os nossos bens, e é um investimento na protecção das pessoas e bens que é importante, usado de acordo com a legislação, com regras e apoio dos proprietários, em colaboração com o município e o Governo”, destacou.
O primeiro-ministro inteirou-se dos sistemas de videovigilância existentes no Médio Tejo e dos resultados de sensibilização da população do Sardoal para as boas práticas preventivas. Miguel Borges explicou que foi criada uma faixa de protecção de 100 metros em volta das aldeias e estão a ser cultivadas espécies resistentes ao fogo, como figos-da-índia, olival e medronheiros, entre outras espécies autóctones.
“A envolvência da comunidade do Sardoal resultou em coimas quase nulas em 2018, o que demonstra um sinal da consciência das pessoas para a sua protecção e dos seus bens, a limpeza das suas propriedade, a criação das faixas de gestão e interrupção de combustíveis”, referiu o autarca do Sardoal.
No final da visita, o primeiro-ministro destacou a importância, em primeiro lugar, dos autarcas assumirem como sua esta causa e ajudarem a mobilizar toda a comunidade para que torne o território mais resistente.

Sardoal é um bom exemplo na prevenção de fogos florestais

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