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Uma questão de ética 

Uma questão de ética 

Na reunião extraordinária do executivo da Câmara de Azambuja realizada a 12 de Abril assistiu-se a um autêntico debate sobre a legalidade dessa sessão, envolvendo o vereador Rui Corça (PSD) e a maioria socialista que lidera a Câmara de Azambuja. A reunião convocada por despacho do presidente da autarquia, Luís de Sousa (PS), destinava-se a discutir as contas do município de 2018, quando o vereador do PSD observou que a reunião não tinha sido convocada com cinco dias de antecedência, conforme determina a lei, pediu que a mesma fosse suspensa. Rui Corça queixou-se ainda de não ter tido tempo suficiente para estudar a volumosa documentação que lhe chegou quatro dias antes daquela sessão. Surpreendido com a intervenção do vereador, Luís de Sousa interrompeu a ordem de trabalhos para averiguar junto do gabinete jurídico do município se a convocação da reunião estaria ou não de acordo com a lei. A questão foi tão exaustivamente estudada que a reunião esteve interrompida durante duas horas, até Luís de Sousa decidir que quatro dos seis pontos da ordem de trabalhos só seriam discutidos na segunda-feira seguinte, não porque houvesse alguma ilegalidade, mas por uma questão de ética, já que o vereador do PSD não estava à vontade para discutir e votar aqueles assuntos.

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