Achei pertinente os médicos e serviços de saúde de Vila Franca de Xira terem discutido o problema da saúde mental. Como todos sabemos ninguém está imune a ter um problema desta natureza, ou alguém na sua família e, por isso, toda a ajuda na divulgação destas temáticas pode ser útil. No entanto, fica por explicar um dos principais dramas dos familiares de alguém com doença mental, em particular a de componente esquizofrénica, que é: como se pode ajudar estas pessoas a terem o acompanhamento que precisam?
Muitas vezes os familiares para não se chatearem, ou quebrarem relações que têm com esses membros familiares, optam por “chutar para canto” e deixar os doentes seguirem com a sua vida, com danos sérios para a qualidade de vida destes, da família e até muitas vezes da vizinhança.
Como é que se pode levar alguém a procurar tratamento? Uma pessoa doente não acredita que está doente e não aceita de bom grado ir a um psicólogo num hospital. Muitos deles andam nas ruas e acabam por ser internados à força já depois de uma intervenção policial. A doença mental é um problema que cada vez mais afecta os utentes mas também as suas famílias e a comunidade. Precisamos de mais iniciativas destas, de preferência abertas ao público onde as pessoas possam colocar as suas questões aos profissionais de saúde e obter alguma ajuda sobre como se mover nestes casos.
Olga Oliveira