O vereador Rui Santos (PSD) alertou a maioria socialista que gere a Câmara de Abrantes para o estado em que se encontram as entradas da cidade. O autarca da oposição referiu que esta não é uma competência directa do município mas sim da Infraestruturas de Portugal (IP). “Abrantes merece que as suas entradas sejam revistas. Devemos ser das poucas cidades com ligação a uma auto-estrada que não está iluminada. Não existe qualquer iluminação desde a saída da A23 até à rotunda do quartel. É uma situação que não passa pela cabeça de ninguém”, criticou.
Rui Santos falou também da entrada de Olho de Boi. “Sabemos exactamente o que acontece naquela zona quando chove. Além disso, não existem passeios. Poderiam ser construídas ali vias para as bicicletas circularem, porque existe muita gente em Abrantes que anda de bicicleta. Se as entradas da cidade estivessem arranjadas com certeza que os investidores também olhariam para o concelho de outra forma. Temos que ter uma cidade vistosa. Abrantes merece que as suas entradas tenham outra dignidade”, sublinhou.
O presidente do município, Manuel Valamatos (PS), concordou com o vereador da oposição e disse que essa também é uma preocupação da maioria socialista. Valamatos explicou que para o município poder intervir na entrada de Olho de Boi é necessário que aquela zona passe para a competência da autarquia. “Se assim não for nunca vamos conseguir intervir ali, nem criar projectos e muito menos avançar com candidaturas. Infelizmente, desclassificaram outras zonas para a competência do município, mas não desclassificaram a Avenida António Farinha Pereira, que é um local estruturante da nossa cidade”, referiu o autarca.
Em relação à entrada da cidade junto ao Regimento de Apoio Militar de Emergência, Manuel Valamatos admitiu que é necessário colocar ali iluminação rapidamente. “Numa das reuniões que fizemos com o senhor comandante do RAME ele até se mostrou disponível para conseguir electrificar os muros do quartel para dar maior luminosidade à estrada. Não sei se terá a nossa intervenção ou se será a Infraestruturas de Portugal a fazê-lo mas é um espaço que deve ser requalificado”, afirmou.