A Estrada Nacional 366, em Aveiras de Cima, Azambuja, esteve cortada ao trânsito para permitir a passagem dos oito camiões-cisterna que ao final da tarde de terça-feira, 16 de Abril saíram da CLC em direcção a Lisboa sob escolta da GNR. A saída foi assinalada por gritos de ordem dos motoristas em greve. Os veículos saíram carregados de combustível para abastecer o aeroporto da capital, uma das medidas definidas nos serviços mínimos desta greve que, ao meio-dia de quarta-feira, data de fecho desta edição, ainda não tinha fim previsto.
Segundo O MIRANTE pôde constatar no local, os camiões não saíram pelo portão habitual, próximo do perímetro de segurança onde se encontravam cerca de três dezenas de manifestantes, mas por um portão lateral, com acesso à EN366. À passagem dos camiões, alguns manifestantes que se concentravam na berma da estrada injuriaram os motoristas, chamando-lhes “traidores”, por não respeitarem a greve e por se “venderem” às entidades patronais.
A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas teve início às 00h00 de segunda-feira, 15 de Abril, convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), para reivindicar o aumento salarial e reconhecimento da categoria profissional específica.
Os dias de greve estão a gerar na região, à semelhança do resto do país, uma corrida aos postos de abastecimento de combustíveis provocando congestionamentos nas vias de trânsito. Mais de duas dezenas de áreas de abastecimento na região ficaram sem combustível ao segundo dia de greve.