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Sexagenário agredido e interrogado por suspeita de abuso sexual de menor
Idoso agredido confessa que é impotente há mais de 20 anos

Sexagenário agredido e interrogado por suspeita de abuso sexual de menor

Homem de 69 anos nega qualquer mau trato a menina de 10 anos filha do agressor. Caso passou-se em Benavente e a Polícia Judiciária está a investigar.

Um homem de 69 anos foi violentamente agredido, ao final da tarde de 5 de Abril, na sua residência em Benavente, por um vizinho que o acusa de ter abusado sexualmente da sua filha de 10 anos. Após neutralizar o idoso, o pai da criança chamou a GNR e apresentou queixa, confirmou a O MIRANTE o comandante de posto de Benavente. A Polícia Judiciária está a investigar o caso, tendo chamado o suspeito para primeiro interrogatório judicial no dia 8 de Abril.
Depois de ter aberto a porta à criança – que, segundo conta o sexagenário, lhe foi pedir dinheiro - o vizinho agrediu-o a murro até o deixar caído numa cadeira. A seguir foi embora juntamente com a filha, para minutos depois voltar a entrar na casa do idoso com um pau de laranjeira na mão, injuriando-o. O idoso foi encontrado pela GNR na casa de banho ainda a recompor-se da tareia que levou e que o deixou a sangrar do nariz e com um hematoma no olho esquerdo. Já depois de a patrulha ter deixado o local, o agressor terá partido os vidros e espelhos do carro do idoso que se encontrava estacionado em frente à porta.
A O MIRANTE, o homem de 69 anos nega ter abusado sexualmente da menina de 10 anos, confessando que sofre de impotência sexual há mais de 20 anos por causa de uma complicação provocada pela diabetes. “Desde aí que não consigo ter relações sexuais e quando soube, depois de fazer vários testes, andei a ser acompanhado por um psicólogo”, diz.
Nesse dia, conta, foi ao supermercado comprar pão para o lanche, como já é hábito. Chegou a casa, preparou o lanche que interrompeu depois de ouvir bater à porta. “Abri e ela [a criança] pediu-me dois euros. Ficámos os dois na entrada, com a porta aberta, enquanto eu tirava da carteira uma nota de cinco euros que lhe pedi para ir trocar e ficar com os dois euros que me pediu”, relata. Enquanto isto, o pai da criança, que estava a chegar a casa, deparou-se com os dois à porta e terá visto a filha com a nota de cinco euros na mão. “Começou a berrar e a dizer que eu tinha feito mal à menina. Nem tive tempo de explicar nada, pregou-me logo o primeiro murro na cara”, descreve.
Segundo o idoso, que reside sozinho naquela moradia há quatro anos, é recorrente aquela família pedir-lhe “pequenas quantias de dinheiro”. “Ajudo-os com o que posso, às vezes dou-lhes umas latas de atum, porque me dizem que não têm dinheiro”. Após este episódio diz-se injustiçado pelas acusações das quais está a ser interrogado, reiterando que seria incapaz de fazer mal a uma criança. “Não sou culpado nisto. Custa-me muito, é pior do que me darem um golpe no pescoço”, afirma.
O MIRANTE falou com os pais da criança que se recusaram a comentar a situação.

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