Carlos Coutinho quer um Estado menos centralista
O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, disse na cerimónia dos 45 anos do 25 de Abril que quer clarificar as verdadeiras motivações da Quercus em mover várias acções na justiça, reclamando ilegalidades no processo de revisão do Plano Director Municipal.
Embora já tenha admitido a O MIRANTE que está disponível para dialogar com o novo presidente da Quercus, Paulo do Carmo, o autarca diz não ter dúvidas de que o município de Benavente foi alvo de um “processo de perseguição nos tribunais” pela Quercus, que se “traduz em prejuízos sérios” para aquele território. Coutinho salientou que nada cala a revolta e indignação por um processo de aprovação da revisão do PDM, que levou 18 anos a ser concluído. O autarca diz que isto se deve ao facto de o Estado ser ainda demasiado centralista.
O autarca frisou ainda que agora que o PDM viu o seu processo concluído, a 22 de Fevereiro “é tempo de aproveitar para continuar o processo de desenvolvimento do município”.
Nas cerimónias, o vereador do PSD, Ricardo Oliveira, aproveitou para falar sobre a importância do voto, como uma conquista de Abril, sublinhando que Benavente é um dos municípios da Lezíria do Tejo onde há mais abstenção. O vereador do PS, Pedro Pereira, salientou que os cidadãos devem ser livres no pensamento, na palavra e na acção, respeitando as memórias do 25 de Abril de 1974.