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Lezíria do Tejo é a que tem menos descontos nos passes rodoviários
Rodoviária do Tejo diz que há discriminação entre passageiros de zonas diferentes

Lezíria do Tejo é a que tem menos descontos nos passes rodoviários

Rodoviária do Tejo defende uniformização nas reduções dos preços. A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo decidiu assumir 40 por cento dos custos dos passes sociais, enquanto a da Lezíria do Tejo só vai dar 35 por cento de redução aos passageiros. Mesmo assim o distrito de Santarém fica aquém de outras regiões, como Leiria.

A Lezíria do Tejo é a zona do distrito de Santarém onde os passes rodoviários têm menor desconto, 35 por cento, já que no Médio Tejo o contrato assinado com as operadoras de transportes de passageiros prevê um desconto de 40 por cento. Em comparação com outras regiões os passageiros do distrito ainda ficam mais prejudicados, uma vez que em Leiria o desconto vai ser de 50%. É por isso que o administrador da Rodoviária do Tejo, Orlando Ferreira defende uma uniformização nos descontos dos passes.
Considerando que são de aplaudir todas as medidas que visam promover os transportes públicos, neste caso através de autocarro, Orlando Ferreira sublinha a discriminação entre passageiros de várias zonas. O administrador da Rodoviária do Tejo critica ainda o facto de haver muito dinheiro para os transportes de Lisboa e Porto e de a província ficar com dinheiro contado. Os passes nos transportes públicos rodoviários no Médio Tejo já entraram em vigor há cerca de um mês e na Lezíria do Tejo, que abrange onze município, servidos pela Rodoviária do Tejo e pela Ribatejana, começam neste mês de Maio.
O presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) e da Câmara de Almeirim explica que os acordos assinados com as operadoras se inserem no Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), realçando que em breve será feito o mesmo ao nível do transporte ferroviário. O autarca salienta que só se aguarda o contrato interadministrativo do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, necessário para a assinatura do acordo com a CP.
No âmbito do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), a CIMLT dispõe para este ano de um milhão de euros, que vai aplicar na totalidade na redução do tarifário, tendo em conta que, na área que abrange, e que inclui Azambuja, no distrito de Lisboa, existem cerca de oitenta mil assinaturas (repartidas entre a CP e as Rodoviárias). Dado o peso das deslocações da Lezíria para Lisboa e de Lisboa para a Lezíria, e que o comboio urbano vai até Azambuja, a CIMLT vai contar, este ano, com financiamento até 90.000 euros da Área Metropolitana de Lisboa, como estabelece o contrato interadministrativo de delegação e partilha de competências tarifárias que já foi ratificado.
O PART conta com 104 milhões de euros do Fundo Ambiental, através do Orçamento do Estado, e terá a comparticipação de 12 milhões de euros dos municípios, cabendo a cada comunidade intermunicipal definir, a nível local, o valor da redução no preço das viagens. A fórmula de cálculo dos valores a receber ou a comparticipar tem em conta o número de utilizadores dos transportes públicos e o tempo médio utilizado nas deslocações.
O objectivo deste programa passa pelas alterações da mobilidade das populações, de modo a reduzir a utilização de veículos próprios e assim diminuir a emissão de gases, melhorando o ambiente. Pretende-se com a medida conseguir mais cem mil utilizadores dos transportes públicos, num total de mais sessenta e três milhões de viagens anuais, reduzindo em 79 mil toneladas as emissões de dióxido de carbono (CO2).

Lezíria do Tejo é a que tem menos descontos nos passes rodoviários

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