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Detesto perguntas desnecessárias e protocolos sem sentido

No final de Janeiro, por iniciativa do meu médico de família, fui a uma consulta de pneumologia no Hospital de Torres Novas. Fui bem atendido, quer pela enfermeira, que me fez uma triagem inicial antes de me mandar para o consultório médico, como pelo médico. Nessa primeira consulta foi-me feito um questionário sobre as mais diversas coisas, nomeadamente sobre queixas, medicação que tomava, eventuais medicamentos a que era alérgico, hábitos de vida, etc... além de ter sido pesado, medidos me ter sido medida a tensão arterial.
No seguimento dessa consulta fiz alguns exames por indicação do médico e, como é normal, voltei para uma segunda consulta. Na passagem pelo gabinete de enfermagem, antes de seguir para o médico, a enfermeira que me atendeu começou a fazer-me as perguntas que já me tinham sido feitas quatro meses antes e cujas respostas tinham sido registadas na minha ficha, como o motivo da ida à consulta, se era alérgico a algum medicamento... e outras um pouco estranhas como quanto é que eu pesava na altura da primeira consulta, como se me lembrasse disso.
Embora, perante os meus protestos me tenha sido dito que a culpa era do “protocolo”, recusei responder porque tudo o que pudesse dizer já estava registado na minha ficha. Fiquei a pensar que o Serviço Nacional de Saúde poderia dar menos despesas se fosse melhor gerido e que as avaliações do pessoal deveriam ser mais rigorosas, nomeadamente no aspecto da relação com os doentes. Falar corporativamente em enfermeiros ou médicos, auxiliares ou doentes é um erro. Cada profissional é um profissional e cada doente é um doente. Claro que os valores da minha tensão arterial registados foram muito mais elevados que o habitual.
Fernando de Carvalho

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