Arranque do ensino secundário em Samora Correia levanta preocupações
Alguns pais temem que alunos do quinto ano tenham de ser deslocados. Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares deu luz verde para o ensino secundário arrancar em Samora Correia no próximo ano mas a solução não está a ser fácil e obriga a que alguns alunos do quinto ano sejam deslocados para o Porto Alto.
A Escola Básica 2,3 Professor João Fernandes Pratas, em Samora Correia, está autorizada pela Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) para passar a ter ensino secundário, mas para concretizar a medida alguns alunos terão de ser deslocados para outra escola no Porto Alto.
Em cima da mesa estará a possibilidade dos alunos do quinto ano terem de ser transportados, por autocarro cedido pela câmara, para outra escola no Porto Alto, de forma a acomodar em Samora duas turmas do secundário, que arrancará no próximo ano lectivo.
A decisão final ainda não está tomada mas esta é uma das ideias em cima da mesa e a que tem gerado maiores preocupações junto de alguns pais. Na última reunião pública de câmara também o vereador Ricardo Oliveira (PSD) se manifestou preocupado com a situação, dizendo esperar que não se trate de uma precipitação que coloque em causa o bom andamento do percurso escolar dos alunos.
O presidente do município, Carlos Coutinho (CDU), diz que a câmara está disponível para garantir o transporte de alunos de forma a que o secundário seja uma realidade naquela cidade. Mas destaca que a decisão final deve ser “bem ponderada” para que cause o menor transtorno possível para os alunos. “Essa será uma decisão que vai competir à escola, ao conselho pedagógico e aos pais. Parece-me que o diálogo e a concertação de posições é fundamental”, defendeu.
A implementação do secundário em Samora Correia surge depois da visita realizada àquele agrupamento de escolas pela secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão. O ensino secundário em Samora Correia é uma reivindicação antiga da população, chegando inclusive a ter sido feito um abaixo-assinado, há cerca de cinco anos, manifestando essa mesma pretensão.
Pavilhão na Escola Duarte Lopes em Benavente
Ainda no domínio da educação, o presidente da câmara, Carlos Coutinho, manifestou a sua disponibilidade para financiar, mediante posterior reembolso do Ministério da Educação, a construção de um pavilhão no interior da Escola Duarte Lopes, em Benavente, para evitar que os jovens tenham de sair do recinto para ter aulas de educação física. “Estamos disponíveis para ajudar a financiar parte da construção do pavilhão para uso da escola e do público. Já pedimos uma reunião à secretária de Estado da Educação para perceber da sua disponibilidade nesse sentido e manifestarmos a nossa. Construir um pavilhão na Duarte Lopes não é uma responsabilidade nossa mas estamos disponíveis para ajudar”, afirmou.