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Obesidade pode ser um peso mas há quem a encare de forma leve
António Mónica é um rosto conhecido de Santarém e tem 66 anos

Obesidade pode ser um peso mas há quem a encare de forma leve

Dia Internacional de Luta Contra a Obesidade assinala-se a 18 de Maio. Pela sua altura e volume, o massagista António Mónica não passa despercebido. O MIRANTE foi saber como se sente na sua pele esta conhecida figura da cidade de Santarém.

António Mónica mede 1,78 metros e pesa 130 quilos. Quando calculamos o Índice de Massa Corporal obtemos como resultado “Obesidade mórbida”, uma classificação onde existe um risco muito elevado de outras doenças associadas. Como António Mónica, 66 anos, residente em Santarém, há 5,9 milhões de portugueses. São sobretudo homens (59%) e idosos, oito em cada dez, segundo dados da Direcção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o “Retrato da Saúde em Portugal 2018”, promovido e coordenado pelo departamento epidemiológico da DGS, são os indivíduos menos escolarizados quem apresenta maior prevalência de excesso de peso e de obesidade abdominal. O mesmo estudo revela que apenas 41,8% dos cidadãos apresenta uma prática regular de actividade física, desportiva e/ou de lazer.
A propósito do Dia Internacional de Luta Contra a Obesidade, que se assinala a 18 de Maio, falámos com o conhecido massagista, que não passa despercebido nas ruas de Santarém pela sua corpulência mas também pela sua boa disposição. António Mónica toda a vida lidou com desportistas. Chegou também a jogar futebol e integrou o Grupo de Forcados Amadores do Ribatejo. Há cerca de dez anos uma lesão num joelho fê-lo abrandar. Desde então já fez cinco cirurgias e colocou uma prótese.
Na cidade é conhecido e respeitado por todos. “Os amigos dizem-me que estou mais gordo e que tenho que correr ou caminhar, mas sabem que são actividades complicadas para mim”, admite. O neto chama-lhe gordinho, carinhosamente, e António, apesar de se preocupar um pouco com o peso, confessa que isso não lhe tira o sono. “Sou uma pessoa saudável, ainda esta semana fui dar sangue pela 75ª e última vez, na Cruz de Cristo, na Portela”. Não tem colesterol nem tensão arterial alta. Come e bebe moderadamente, mas revela que, uma vez por outra, “salta as varolas”.
Uma vez por outra são todas as quartas e sextas-feiras. À quarta junta-se ao Grupo das Quartas e à sexta à Confraria do Avental. Ambos os grupos reúnem uma dúzia de amigos que se juntam nestes dias para uma boa almoçarada. António confessa que é um bom garfo. “Quando era jovem era magro, metade do que sou agora”, conta sorridente a O MIRANTE. Hoje sente limitações, mas admite que também chegaram com a idade e não só com o peso ou volume. Não tem a mesma agilidade de outros tempos mas, apesar de já se ter reformado, gostaria de continuar a fazer massagens e a sentir o cheiro do balneário. Mesmo não sendo o peso uma questão muito “pesada” na sua vida quotidiana, desabafa que se tivesse uma varinha mágica que o fizesse voltar à figura elegante da juventude não hesitava em usá-la.

O que é o Índice de Massa Corporal

A forma mais comum de quantificar a obesidade é através do Índice de Massa Corporal (IMC), que relaciona o peso corporal com a altura através da fórmula: IMC = peso a dividir pela altura (ao quadrado). Quando o resultado desta divisão for superior a 35, considera-se que uma pessoa tem obesidade grave, podendo subir ainda para obesidade mórbida e super-obesidade.

Um desafio para a saúde pública

O excesso de peso e a obesidade são dois factores de risco que mais contribuem para a carga de doença dos portugueses. São dos maiores desafios da saúde pública em Portugal e na Europa, onde se estima que cerca de metade da população tenha excesso de peso. A obesidade é uma doença crónica e caracteriza-se pela presença de uma quantidade excessiva de gordura no organismo. Os prejuízos para a saúde podem ser directos (por exemplo a nível do bem-estar e do desempenho físico) ou indirectos (aumento do risco de ocorrência de doenças graves).

Obesidade pode ser um peso mas há quem a encare de forma leve

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