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Obra polémica no centro de Vila Franca de Xira já não vai avançar
Obra no edifício da antiga vidreira já não vai avançar como era intenção inicial depois de vários indeferimentos

Obra polémica no centro de Vila Franca de Xira já não vai avançar

Câmara e DGPC indeferiram pretensão de trabalhos na antiga vidreira. Operação urbanística pretendia a transformação de um edifício histórico num prédio com quatro andares. A intenção foi agora indeferida por causa de desconformidades.

O prédio onde funcionou em tempos a vidreira de Vila Franca de Xira, um dos que, pela sua arquitectura, é dos mais icónicos do centro da cidade, já não vai ser alvo de uma obra de adaptação que visava transformá-lo num prédio de quatro andares.
O pedido de informação para operação urbanística foi indeferido devido a alegadas desconformidades detectadas face ao plano de ordenamento do território. A pretensão de obra foi indeferida pelos serviços municipais do urbanismo e pela própria Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), evocando o teor do estudo de salvaguarda do núcleo antigo de Vila Franca de Xira. A obra estava a dividir vários moradores e comerciantes da zona. Por um lado os que concordavam com a sua demolição e transformação num edifício moderno e mais aprazível. Outros consideravam tratar-se de um atentado patrimonial.
A intenção, recorde-se, era avançar com uma loja e dois lugares de estacionamento reservado no rés-do-chão, um apartamento T3 de 145 metros quadrados (m2) com terraço no primeiro andar, um apartamento T3 de 145 m2 no segundo andar e um duplex com 215 m2 com um terraço no terceiro e quarto andares.
Face à confirmação do não avanço da obra, o vereador Rui Perdigão (BE) apelou ao executivo camarário na última reunião pública que o município faça uso do artigo 55 do regime jurídico da reabilitação urbana e que notifique o proprietário para realizar obras de conservação no espaço, dado o mau estado do edifício.
A câmara municipal já tinha explicado que tinha dado entrada no urbanismo um pedido de informação sobre a obra. O presidente da câmara, Alberto Mesquita (PS), garantiu em Abril que nada estava decidido e que antes das polémicas seria preciso esperar pelo parecer da DGPC, que se veio a manifestar no sentido do indeferimento. “Aquele edifício tem regras e exigências da DGPC que temos de cumprir”, notou o autarca, salientando, no entanto que é preciso uma solução de equilíbrio entre a preservação da fachada e a rentabilidade do investimento privado.

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