A Câmara do Cartaxo vai avançar com obras no skate parque da cidade assim que tiver pessoal disponível para a empreitada. A garantia foi dada pelo presidente do município, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), durante a última reunião do executivo municipal.
Sem apontar datas, o autarca explicou que o município já andou a sondar algumas empresas no sentido de obter patrocínios que ajudem a suportar os custos, mas não recebeu respostas positivas. “O que vamos fazer será com os nossos próprios meios”, admitiu, realçando que só de há dois meses para cá é que a câmara tem ao dispor um pedreiro.
Durante a intervenção, Pedro Magalhães Ribeiro admitiu que está fora de questão colocar novamente as rampas que se encontravam no skate parque antes do acidente mortal que ali se registou em 2007. “Apesar de, na altura, as rampas não estarem restauradas, não vamos por essa solução porque iríamos gastar dinheiro sem ter a certeza que fica tudo bem”, afirmou.
O assunto foi abordado por um dos utilizadores frequentes do skate parque do Cartaxo, que questionou o presidente do município se a autarquia já tinha alguma solução para o espaço e quando prevê reabri-lo. Segundo Miguel Casimiro, que foi à reunião acompanhado por mais jovens, a comunidade de skaters do Cartaxo é cada vez maior e necessita de um espaço onde possa praticar a modalidade.

Câmara teve de pagar 250 mil euros de indemnização
Recorde-se que, em Setembro de 2016, a Câmara do Cartaxo decidiu retirar os equipamentos do skate parque da cidade para se proceder à sua manutenção. Na altura, Pedro Magalhães Ribeiro explicou a
O MIRANTE que a retirada do equipamento se deveu a razões de segurança. A retirada dos equipamentos surgiu depois do município ter sido condenado a pagar uma indemnização de cerca de 226 mil euros à família de José Figueira Ascensão que, em 2007, sofreu um grave acidente no skate parque da cidade. A vítima ficou com uma elevada incapacidade física e acabou por morrer ao fim de três anos de sofrimento. A família de José Figueira Ascensão, na altura com 33 anos, pedia inicialmente 1,5 milhões de euros de indemnização pela elevada incapacidade com que a vítima tinha ficado na sequência do acidente. Entretanto, José morreu em 9 de Março de 2010, tendo os valores em causa sido reformulados. O município chegou a acordo com a família para pagar cerca de 250 mil euros de indemnização em prestações que seriam liquidadas até Maio de 2019. No entanto, com a adesão ao PAEL (Programa de Apoio à Economia Local), a autarquia conseguiu pagar a totalidade da indemnização antecipadamente, em Janeiro de 2018.