Cátia Mateus é a nova Rainha das Vindimas de Azambuja
A jovem concorreu em representação da freguesia de Vila Nova da Rainha. Cátia Mateus, que nasceu na capital, está num processo de descoberta das tradições históricas, gastronómicas e culturais de Azambuja e prepara-se para representar o concelho no concurso da Rainha das Vindimas de Portugal. Diz que raramente se maquilha e não gosta de saltos altos.
Cátia Mateus, 19 anos, natural de Lisboa, foi a grande vencedora do concurso Rainha das Vindimas do concelho de Azambuja, que decorreu no sábado, 22 de Junho, e premeia as candidatas não só pela sua beleza, como pelos seus conhecimentos e apego à cultura e tradição das suas freguesias. A jovem estudante de Dietética e Nutrição participou em representação de Vila Nova da Rainha, freguesia onde reside há cerca de dois anos.
Entre os desfiles em traje regional, casual e vestido de noite, Cátia foi chamada a apresentar e defender a sua freguesia. Fê-lo em discurso fluente e divertido, destacando a primeira escola de aviação do país que ali se situa e lembrando que beber um copo de vinho por dia faz bem à saúde. Era já madrugada quando o nome da vencedora foi anunciado. E foi de lágrimas e sorriso no rosto que Cátia foi coroada pela sua antecessora, Ângela Varino. A candidata de Aveiras de Cima, Jéssica Simões, recebeu a faixa de Primeira Dama de Honor e Marisa Santos, representante de Aveiras de Baixo, foi eleita Segunda Dama de Honor.
O principal motivo que levou Cátia a candidatar-se foi a vontade de viver uma experiência nova e sair da zona de conforto, uma vez que nunca tinha participado num concurso semelhante. “Sempre disse que não vinha para ganhar, mas para viver mais e conhecer melhor a terra onde vivo. Até porque a vida é demasiado curta para só vivermos de coisas banais, temos de arriscar e fazer diferente”, referiu a O MIRANTE.
Uma adepta da beleza natural
Cátia gosta de aventuras, de cantar, viajar e de praticar desportos radicais. É defensora da beleza natural e raramente se maquilha ou usa salto alto. “Cada pessoa tem a sua beleza e deve gostar de si tal como é, com maquilhagem ou sem ela. Não critico quem se maquilha, é uma opção da pessoa, mas eu prefiro sem”, defendeu. Admite que não vai ao ginásio, mas compensa com uma alimentação equilibrada, evitando sobretudo bolos e alimentos fritos.
Consciente que muitas raparigas não concorrem porque não se acham suficientemente bonitas para desfilar num concurso, ou não têm coragem de falar em público, Cátia apela a que outras façam como ela e arrisquem. “Este concurso ensina-nos a amar-nos a nós mesmas, por aquilo que somos e a demonstrarmos isso ao público. Não há pressões e a equipa ajuda-nos imenso a ganhar autoconfiança”, apontou.
Apesar de ter nascido e vivido até aos 17 anos na capital, Cátia sente-se mais azambujense do que lisboeta. “Não tenho raízes familiares nesta terra, mas sinto que pertenço mais aqui do que alguma vez pertenci a Lisboa”, referiu, sublinhando que “Azambuja é um excelente concelho para se viver, onde se nota o espírito de união entre as pessoas”.
O melhor que leva desta experiência são “os fortes laços de amizade” que estabeleceu com as restantes seis candidatas e o conhecimento que adquiriu ao longo das várias fases do concurso, que lhe permitiu explorar todas as freguesias do concelho, à descoberta do seu património, gastronomia, oferta turística, e claro, da produção vinícola.
Os conhecimentos adquiridos vão ser a arma que, a par da beleza, vão permitir à vencedora representar o seu concelho no concurso que vai eleger em Setembro, no Peso da Régua, a Rainha das Vindimas de Portugal. Segundo a candidata, só lhe falta mesmo vindimar. Uma experiência que garantidamente vai fazer.