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Cinco dias de greve na João de Deus contra o trabalho precário
A fábrica foi visitada recentemente pelo secretário de Estado da Economia, João Correia Neves, no âmbito dos Encontros para a Competitividade e Inovação do IAPMEI

Cinco dias de greve na João de Deus contra o trabalho precário

Protesto abrange cerca de metade dos quase 500 trabalhadores da fábrica de radiadores sediada em Samora Correia, que protestam por melhores salários e pelo fim dos vínculos de trabalho precários.

Os trabalhadores da fábrica João de Deus & Filhos, S.A., líder mundial no fabrico de radiadores para automóveis, vão estar em greve de 1 a 5 de Julho, nas primeiras duas horas de cada turno. Segundo os dados do Sindicato dos Trabalhadores das lndústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA) a adesão poderá chegar aos 70 por cento.
A paralisação, convocada através do SITE CSRA, partiu dos trabalhadores em vínculo precário e reivindica aumentos salariais, de pelo menos “1,70 euros por dia”, que “todos passem a ter um vínculo de trabalho efectivo” e o aumento do valor do trabalho suplementar, disse a O MIRANTE, o dirigente do sindicato, Ricardo Carvalho.
De acordo com o mesmo sindicalista, mais de 50 por cento dos quase 500 trabalhadores da João de Deus têm vínculos de contrato precários, com vencimentos mensais que ficam à margem do salário mínimo nacional. A paralisação pretende acabar com “as contratações feitas através de uma empresa de trabalho temporário, situação que não se admite numa empresa que está a captar grandes investimentos, a aumentar a sua área laboral e a adquirir nova maquinaria”, referiu.
Depois de várias insistências de
O MIRANTE, a João de Deus não respondeu a nenhuma das questões colocadas, até à data de fecho desta edição, comprometendo-se a prestar esclarecimentos futuramente.
A João de Deus produz para grandes marcas de automóveis como a Audi, Ford e Peugeot e, segundo o seu administrador, João Venício, em 2018, a empresa acumulou um valor de vendas na ordem dos 55 milhões de euros.

Cinco dias de greve na João de Deus contra o trabalho precário

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