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Valamatos diz que politização de litígio entre Câmara de Abrantes e empresário é uma vergonha
Manuel Valamatos lamenta que litígio entre Câmara de Abrantes e empresário Jorge Dias Ferreira tenha sido politizado

Valamatos diz que politização de litígio entre Câmara de Abrantes e empresário é uma vergonha

Presidente do município diz que não vai falar mais do assunto até haver decisão do tribunal. Bloco de Esquerda apresentou recomendação em assembleia municipal sobre o processo. PSD acusa executivo socialista de arrastar o nome do concelho para a lama.

O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos (PS), lamenta que o litígio existente entre o município e o empresário Jorge Ferreira Dias tenha sido politizado e que isso é uma vergonha. O autarca garantiu que não ia falar mais no assunto até haver uma sentença do tribunal.
Valamatos respondia, na última sessão da Assembleia Municipal de Abrantes, à eleita do PSD, Fernanda Aparício, que manifestou vergonha pela forma como o executivo camarário do PS geriu a divulgação de uma reportagem televisiva sobre o processo, arrastando o nome de Abrantes para a lama. “O silêncio e a falta de desmentidos até ao dia 11 de Junho, essenciais para acalmar aquilo a que chamamos a fúria popular e restabelecer a confiança no órgão executivo do município, causaram danos na imagem do concelho. Esperemos que estes danos sejam reparáveis”, criticou Fernanda Aparício.
O eleito Jorge Beirão (PS) não gostou das palavras de Fernanda Aparício e mostrou-se indignado com o facto da eleita social-democrata ter referido que o executivo socialista atirou o nome de Abrantes para a lama. “Quem foi que lançou Abrantes na lama? Quem foi para a televisão fazer como quis e dizer o que lhe apeteceu?”, interrogou, bastante irritado.
Jorge Beirão sublinhou que ainda decorre um processo judicial, no Tribunal Administrativo de Leiria, que Jorge Ferreira Dias interpôs contra a câmara municipal, onde pede seis milhões de euros de indemnização. “É importante deixar a lei seguir e se a espada tiver que cair na cabeça de alguém, que faça o seu papel”, acrescentou.

O terreno da discórdia
O assunto foi debatido após a bancada do Bloco de Esquerda (BE) ter apresentado uma recomendação sobre o processo. “Considerando que uma das cláusulas do processo envolve a disputa de uma parcela de terreno entre a Câmara de Abrantes, a Mercar e a agora Massa Insolvente da Construções Jorge Ferreira Dias, a recomendação estipula que se o município não for atendido nas suas pretensões de ver reconhecido pelos tribunais que é dono legítimo da parcela em questão, a empresa Mercar terá que assumir as consequências desse não reconhecimento”, afirmou o eleito Pedro Grave (BE).
Jorge Beirão explicou que a bancada socialista votou favoravelmente a recomendação do BE pois vai ao encontro da acção interposta em tribunal pelo município, em nome da defesa do interesse público. A recomendação foi aprovada por maioria com oito abstenções (quatro do PSD; três do PS e um do presidente da União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, Álvaro Paulino).

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