Falta estacionamento em Fazendas de Almeirim porque proprietários não colaboram
A Câmara de Almeirim tem andado a tentar comprar espaços no centro da vila de Fazendas de Almeirim, mas muitos não querem vender e outros pedem preços exorbitantes. Na cidade a situação tem sido mais fácil.
A Câmara de Almeirim não consegue adquirir terrenos na vila de Fazendas de Almeirim para criar estacionamentos, ao contrário do que acontece na cidade, onde a aquisição de imóveis degradados permitiu criar vários parques nos últimos anos. As várias tentativas têm esbarrado na falta de interesse dos proprietários, o que tem complicado as contas ao município na tentativa de organizar o trânsito na freguesia.
O presidente da câmara, em declarações a O MIRANTE, refere que ele próprio já fez vários contactos e que a maioria dos proprietários recusa-se a vender. Outros, segundo Pedro Ribeiro, pedem valores elevados, muito acima do valor médio do preço por metro quadrado e que impede o município de fazer o negócio política e administrativamente justificável.
O autarca salienta que a câmara está interessada em comprar espaços e vai continuar à procura, sobretudo na zona central da vila, onde os problemas da falta de estacionamento mais se fazem sentir. A falta de colaboração dos proprietários contrasta com a estratégia que tem sido seguida em Almeirim e que vem do tempo do anterior presidente, Sousa Gomes, já falecido. A câmara conseguiu, na cidade, fazer acordos com proprietários de imóveis degradados, em que esta fazia as demolições e os donos, como contrapartida, cediam os espaços para estacionamento durante determinado período. A autarquia acabou por ir comprando os espaços, que entretanto tinha alcatroado e iluminado, faltando apenas um que vai agora ser adquirido.
A Câmara de Almeirim aprovou na última reunião do executivo a compra de uma parcela de terreno onde funciona o estacionamento perto do cruzamento da Rua de Alpiarça com a Rua dos Aliados e a Rua Conde da Taipa que dá acesso à igreja matriz. Neste espaço havia outras parcelas de outros terrenos que já tinham sido comprados pela autarquia, restando apenas este em que o acordo de utilização por contrapartida já tinha terminado em 2013.
Pedro Ribeiro sublinha que depois de infraestruturar os locais não fazia sentido devolver os espaços aos proprietários, até porque a câmara já tinha gasto dinheiro no pavimento, sinalização e iluminação pública. O município decidiu comprar a parcela por 45 mil euros, um valor abaixo do que foi avaliado por um perito oficial.