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“A qualidade de vida não serve de muito se não houver empregos para os jovens”
João Martinho Cláudio diz que colocação de chip nos animais é fundamental para evitar abandono de animais

“A qualidade de vida não serve de muito se não houver empregos para os jovens”

João Martinho Cláudio é veterinário na Clínica São Francisco de Assis em Santarém. Diz que gosta do campo e que sempre teve uma paixão por animais. Actualmente tem três cães, um gato e duas ovelhas. Sobre a tauromaquia prevê que venha a acabar por si uma vez que é um negócio em crise. Quanto aos animais abandonados defende que a solução para o problema passa pela sensibilização dos mais novos, logo na escola.

Em criança ajudei o meu avô a vender melão e melancia. Isso acontecia nas férias escolares. Passava-as com os meu avós na Chamusca e era o tempo daquela fruta. Ele vendia na rua. No tempo de escola vivia com os meus pais em Santarém. Vivíamos junto ao Presídio Militar e eu brincava na rua até tarde com os meus amigos.
Os animais são uma paixão especial. Desde muito novo que costumava ir para a clínica veterinária do meu pai depois das aulas. Na altura, gostava de ajudá-lo no tratamento dos animais e a organizar os produtos. Na hora de decidir o meu curso escolhi Medicina Veterinária.
Fui para a natação para acabar com a minha fobia à água. Quando era pequeno caí dentro de uma piscina de um alojamento rural e fiquei traumatizado. Os meus pais decidiram colocar-me na natação aos cinco anos de idade para aprender a nadar e deixar de ter aquele medo.
Frequento o ginásio para manter uma boa forma física. Aos fins-de-semana costumo jogar futebol ou realizar uma partida de padel com os amigos. Na juventude pratiquei natação algum tempo. Mais tarde mudei para o rugby e depois para o karaté e o futebol.
O rugby traz boas memórias. Pratiquei vários desportos, mas o meu favorito foi, sem dúvida, o rugby. Não só aprendi a trabalhar em equipa como me ensinou a ser disciplinado. Foi uma grande escola de vida.
Adoro a carne picada com tomatada que a minha mãe faz. Sou apreciador da comida típica, mas também gosto de experimentar outros paladares. Estou cada vez mais a descartar a carne da minha alimentação mas não consigo resistir a certos pratos.
A tauromaquia é um negócio e daqui a uns anos vai acabar. Já fui a touradas mas neste momento não sou aficionado. Não concordo com os que dizem que o toiro não sente dor quando é espetado com uma bandarilha.
Santarém tem que fazer regressar os jovens que daqui saíram. A maioria dos que vão estudar para outras cidades não volta e isso é mau. Não interessa ter infra-estruturas e qualidade de vida se não houver uma zona industrial desenvolvida e postos de trabalho bem remunerados para os jovens.
Há pessoas que têm animais em casa mas que não lhes colocam o “chip”. É uma forma de desresponsabilização. Depois surge a situação dos animais abandonados que tanto dá que fazer à sociedade. É por isso que defendo que se devia investir mais na sensibilização dos mais novos nas escolas. É ali que está a solução para o problema.

“A qualidade de vida não serve de muito se não houver empregos para os jovens”

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