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Festas da cidade na Quinta da Piedade dividem povoenses
Utilização da Quinta da Piedade para fazer as festas da Póvoa de Santa Iria está a dividir opiniões

Festas da cidade na Quinta da Piedade dividem povoenses

Decisão anunciada pela Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria está a gerar controvérsia

O interior da Quinta Municipal da Piedade, na Póvoa de Santa Iria, é o espaço escolhido pela junta de freguesia local para ser o palco da festa anual da cidade, já que no espaço habitual está a ser construída uma urbanização.
A decisão está a criar fortes discussões e divisões na cidade, com muita gente a considerar que a quinta municipal é um espaço nobre que deve ser preservado e reservado para eventos limitados. Há também ambientalistas e defensores dos animais que temem pelo conforto das dezenas de animais que ali existem na quinta pedagógica e que poderão sofrer perturbações por causa do barulho.
Entre quem jure nunca mais meter os pés na festa há quem note que o espaço foi bem escolhido, é seguro e que a festa será uma óptima forma de aproveitar o recinto. Na mira das discussões está Jorge Ribeiro (PS), presidente da junta de freguesia, que transmitiu a novidade sobre a localização para as festas na última assembleia de freguesia.
A junta procurou reunir consensos em torno do local, reunindo com o movimento associativo, eleitos locais e forças de segurança. Estiveram em cima da mesa três locais: Tágides Parque, Avenida Dom Vicente Afonso Valente e o complexo do União Atlético Povoense juntamente com a zona ribeirinha. Por recomendação das forças policiais estes últimos espaços não puderam ser considerados. “No Tágides percebemos que há uma grande proximidade com habitação e também um lar residencial, logo não seria lógico fazer a festa ali”, explicou o autarca.
Jorge Ribeiro admite que na quinta municipal não será possível realizar a festa nos mesmos moldes dos anos anteriores, com todos os equipamentos de diversão e espectáculos taurinos, mas que o novo modelo está em estudo e visa, acima de tudo, manter a festa no calendário.
“É necessário que as pessoas compreendam que para nós o que era fundamental eram as questões de segurança. Assumimos esse ónus, para o bem e para o mal, e estamos a preparar um modelo que será provisório. Não queremos que a festa pare e temos esse compromisso de manter a tradição”, acrescenta.
Há a promessa de manter a vertente religiosa da festa, bem como os espectáculos musicais e as tasquinhas das associações. “Estamos a tentar criar uma alternativa para a questão tauromáquica, da sardinhada e dos divertimentos. Podem ser feitos ou não, tudo está em cima da mesa, o que tentaremos zelar é pela manutenção da tradição desta forma provisoria”, refere o autarca. A junta já pediu entretanto autorização à câmara municipal para usar o espaço. A festa deverá ocorrer no final do Verão.
Recorde-se que o terreno onde a festa vinha sendo organizada nos últimos 20 anos é privado e vai receber uma nova urbanização. Nessa zona haverá um futuro recinto destinado a acolher as festas da cidade.

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