A comunicação social regional e nacional noticiou na passada semana que o Ministério das Finanças não autorizou a utilização das verbas necessárias para a aquisição de novas ambulâncias pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Viaturas destinadas a renovar a frota INEM em dezenas de corporações de bombeiros do país durante este ano. Os Bombeiros Voluntários de Fátima, Entroncamento, Barquinha, Ferreira do Zêzere, Benavente e de Torres Novas estarão entre as corporações a beneficiar dessa medida e que esperam que a palavra do ministro das Finanças seja cumprida quando garantiu, citado nos jornais, que “não é por falta de verba que as ambulâncias não chegarão”. Sendo assim, resta saber o que está a entravar o processo e para quando a chegada das novas ambulâncias. Chegarão em cima das eleições legislativas?
O que ressalta no entanto desta notícia, e que a faz ter traços comuns com tantas outras nos últimos tempos, é que na sua base está a austeridade encapotada que este Governo tanto tem tentado esconder, apesar do rabo aparecer volta e meia de fora. Não há milagres, num país sem recursos naturais relevantes e com uma economia frouxa, para se atingir o défice zero. Sem petróleo ou gás natural, as contas públicas são equilibradas com uma elevada carga fiscal e com os cortes no investimento público, como se tem verificado nos últimos anos na saúde, na educação ou nas vias de comunicação. Só não vê quem não quer!
José C. Reis