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Rua 15 de Março “parece que foi bombardeada”
Circular a pé na Rua 15 de Março é penoso para quem tem mobilidade reduzida

Rua 15 de Março “parece que foi bombardeada”

Chamada de atenção na última Assembleia Municipal de Santarém para o mau estado de uma artéria no centro histórico da cidade, onde um prédio embargado há quase duas décadas constitui uma mancha na paisagem.

O mau estado em que se encontra a Rua 15 de Março, no centro histórico de Santarém, foi objecto de críticas na última sessão da assembleia municipal. “Parece que foi bombardeada”, disse o deputado municipal Manuel Afonso (PS), referindo que é necessária uma intervenção urgente no irregular e íngreme piso em pedra, onde não faltam buracos, bem como uma limpeza na zona do Largo Mem Ramires, que fica nas proximidades. O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), tomou nota dos problemas e disse que a autarquia estava a tramitar com vista à sua resolução.
Na Rua 15 de Março encontra-se também há mais de duas décadas um prédio cuja construção ficou a meio e que constitui uma mancha na paisagem. Nos primeiros anos em que ficou ao abandono o prédio serviu de abrigo a toxicodependentes que entravam e saíam por brechas abertas na vedação. O imóvel acabou por ser vedado, até porque o lago que se forma na cave do imóvel, devido às nascentes que ali existem, constitui um perigo real.
A água acumulada nos pisos inferiores apodrece e atrai insectos e outra bicharada que incomodam os moradores, além de gerar odores desagradáveis. Ao longo dos anos os moradores da zona foram-se queixando da situação com frequência, tendo chegado a enviar um abaixo-assinado para a Câmara de Santarém onde alegavam que esse grande volume de água podia ser responsável pelas infiltrações surgidas num edifício próximo.
O prédio começou a ser construído no final do século XX pela construtora de Alpiarça Eurosinc e foi embargado em 2001 pelo tribunal devido à falência da empresa. O imóvel passou depois a ser propriedade de uma instituição bancária.
Em Julho de 2016 o presidente da Câmara de Santarém dizia não perceber como foi possível ter-se iniciado e desenvolvido a construção de um prédio dessas dimensões, no centro histórico da cidade, em cima de uma nascente de água que não pára de jorrar. Na altura do início da construção do edifício era o PS quem geria a autarquia.

Rua 15 de Março “parece que foi bombardeada”

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