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Crimes de violência doméstica estão a aumentar em Vila Franca de Xira
PSP registou 180 crimes de violência doméstica em Vila Franca de Xira entre Janeiro e Agosto de 2019

Crimes de violência doméstica estão a aumentar em Vila Franca de Xira

Alhandra, Póvoa de Santa Iria e Vialonga são as freguesias onde esse tipo de crime mais cresceu. Dados foram avançados pela PSP no último Conselho Municipal de Segurança e mostram também uma redução da criminalidade violenta e grave em todo o território.

Desde o início de 2019 e até 31 de Agosto foram registados pela Polícia de Segurança Pública (PSP) 180 crimes relacionados com violência doméstica no concelho de Vila Franca de Xira, mais 14 por cento do que em igual período do ano passado, em que se verificaram 160.
Os dados foram avançados no último Conselho Municipal de Segurança onde foi também revelado que os registos de criminalidade violenta e grave estão a descer em todo o território. A O MIRANTE, a PSP explica que os valores da violência doméstica não estão consolidados e por isso apresentam margens de erro. Mas a subida, explica, pode ser justificada em parte pela crescente proactividade policial, somada a maiores detenções em flagrante delito por parte dos agentes.
Em Janeiro, por exemplo, um polícia de Alverca que estava a sair de casa impediu um homem de agredir na via pública uma mulher grávida, feito que lhe valeu um voto de louvor da assembleia de freguesia.
A problemática do aumento dos crimes de violência doméstica foi também alvo de atenção na última assembleia municipal, onde Dulce Arrojado, da CDU, pediu um maior esforço e empenho no combate a este problema. Helena de Jesus, vereadora da Coligação Mais, liderada pelo PSD e que tem a seu cargo o pelouro da intervenção social, revela que a maioria dos casos de violência doméstica registados no concelho acontecem na freguesia de Vialonga e nas Uniões de Freguesia de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz e Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa. Na Castanheira do Ribatejo há registo de uma diminuição de casos.
“Este aumento tem a ver com dois problemas: reincidências, e aí é um problema de justiça, ou seja, o agressor não fica detido ou com pena suficientemente gravosa que o impeça de voltar a cometer o mesmo crime. Além disso, as pessoas estão mais informadas e alertadas sobre o problema, fazendo queixa e não desistindo dela”, explicou Helena de Jesus.

Centro de apoio à vítima está prestes a arrancar
Os serviços de apoio à vítima no concelho têm feito acompanhamento a mulheres vítimas de violência, explicou a autarca, prometendo que o centro municipal de apoio à vítima está prestes a arrancar e que até ao final do ano já estará escolhido o local onde o irá funcionar.
“Foi reactivada a rede territorial de apoio à vitima, com dois grupos de trabalho: um para preparar um protocolo de cooperação entre polícias, hospital e centros de saúde e outro visando elaborar um manual de boas práticas, para que depois o centro de apoio à vítima funcione em articulação com todas as entidades e não faça com que a resposta fique dependente de um e-mail, telefonema ou horário de expediente”, prometeu Helena de Jesus.
A violência doméstica será também o tema escolhido para abordar na próxima Assembleia Municipal Jovem que se realizará em 2020.

Crimes de violência doméstica estão a aumentar em Vila Franca de Xira

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