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Sujeitou a família a episódios de violência durante anos

Acusado de violência doméstica um trabalhador agrícola, natural do Chouto, Chamusca, vai começar a ser julgado por agressões físicas e verbais à mulher e às filhas na presença da neta de oito anos.

Um homem de 56 anos de idade, natural do Chouto, concelho da Chamusca, sujeitou a mulher, duas filhas e a neta de oito anos a maus tratos e a um ambiente de terror durante pelo menos mais de uma década. O trabalhador agrícola por várias vezes ameaçou a mulher que a matava, dizia com frequência que acabava com tudo para intimidar e levar os elementos do agregado familiar a terem medo. O Ministério Público sustenta que o arguido, que vai agora começar a ser julgado, cometeu ataques físicos, verbais e sexuais, motivados por ciúmes.
A família viveu na Parreira, Chamusca, e depois numa zona isolada na Erra, concelho de Coruche. A acusação refere que o arguido, além de bater na mulher e na filha mais velha, costumava fazer ameaças de morte e chamava-lhes nomes obscenos. O homem já tinha cumprido quatro anos e seis meses de prisão por ter tentado matar o cunhado. Para o Ministério Público o arguido sempre foi uma pessoa austera, autoritária e agressiva, tendo o hábito de ingerir diariamente bebidas alcoólicas em excesso.
O homem tinha uma caçadeira atrás da porta do quarto e fazia discussões por motivos fúteis, como numa vez em que começou uma discussão porque a mulher tinha comprado um pacote de bolachas para a filha e a neta. A investigação sublinha que o arguido controlava todo o dinheiro que a mulher ganhava, bem como todos os passos que dava, proibindo-a inclusivamente de poder visitar sua mãe.
Num dia em que o casal seguia de carro para uma reunião na escola da neta, o homem disse várias vezes: “Hoje acabo com isto tudo”. Com medo, a mulher saltou do carro em andamento. Em 2010, num dos episódios de violência, quando viviam na Parreira, o arguido disse que acabava com a mulher e desferiu-lhe murros nas costas e na cabeça. A vítima e os filhos foi retirada da habitação e esteve sete meses a viver longe do arguido. Reconciliaram-se porque ele prometeu que ia mudar o comportamento.
O homem, que esteve em prisão preventiva e actualmente está obrigado a permanecer na habitação com pulseira electrónica, responde por quatro crimes de violência doméstica e um crime de posse de arma proibida.

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