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Empresário taurino apresenta queixas por ameaças de Paulo Queimado
foto DR O presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, afirmou que nunca disse que o município pagaria alguma coisa para este evento

Empresário taurino apresenta queixas por ameaças de Paulo Queimado

Situação surgiu na sequência do cancelamento de espectáculo de recortadores. Dono da empresa que levou os recortadores para o espectáculo de 5 de Outubro apresentou queixa contra o presidente da Câmara da Chamusca, dizendo que este o ameaçou com capangas. Isto depois de o evento ter sido cancelado por falta de pagamento ao ganadeiro.

O presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado (PS), volta a estar envolvido em mais uma confusão que deu uma má imagem do município e estragou as comemorações do centenário da praça de toiros, numa cena de filme de comédia, com pormenores sinistros que envolvem ameaças, capangas e queixa na polícia.
O caso começa com o cancelamento do espectáculo de recortadores no dia 5 de Outubro, porque o dono dos toiros impediu a saída dos animais à praça por falta de pagamento, que seria da responsabilidade do autarca. O dono da Arte Lusa, que representa os recortadores, diz que foi ameaçado por Queimado num telefonema em que o autarca terá dito que chamaria os seus capangas para tratarem do empresário.
Gabriel de Brito Pinto, proprietário da Arte Lusa, já apresentou queixa contra Paulo Queimado, por ameaças, na PSP de Vila Franca de Xira. Antes do telefonema ameaçador, o empresário já tinha ligado ao autarca a pedir para ele se deslocar à praça, o que este não fez.
O presidente da câmara nega que tenha existido qualquer telefonema e refuta que tenha feito ameaças, descartando também que tivesse assumido o pagamento dos animais para o espectáculo, dizendo que vai processar a empresa de recortadores. “Nunca, oralmente ou por escrito, disse à Eh! Toiro ou a quem quer que fosse, que o município pagaria alguma coisa para este evento”, disse Paulo Queimado durante a reunião de câmara de terça-feira, 8 de Outubro.
Quando o espectáculo foi cancelado as pessoas começaram a reclamar a devolução do dinheiro dos bilhetes, mas não havia verba suficiente na bilheteira para todos. Às 21h00, mais de duas horas depois de o público ter saído da praça, ainda havia muita gente junto das bilheteiras a pedir a devolução. Gabriel de Brito Pinto garante que na terça-feira, dia 8, tinha conseguido fazer a devolução total dos bilhetes às pessoas. O empresário disse a O MIRANTE que teve que colocar dinheiro do próprio bolso, tendo um prejuízo de cerca de seis mil euros.
O dono da Arte Lusa explica que retirou da bilheteira 1.200 euros para pagar parte do valor dos toiros ao ganadeiro Gonçalo Cabaço, de Alter do Chão, que abandonou a Chamusca com os cinco toiros. Gonçalo Cabaço disse a O MIRANTE que quando pediu que lhe pagassem, o responsável da Arte Lusa disse que a pessoa que tinha ficado de pagar os toiros não estava presente na praça, nem estava a atender o telemóvel. O ganadeiro realça que já trabalhou várias vezes com a Arte Lusa e que nunca tinha havido problema.
Gabriel de Brito Pinto diz que a “Eh! Toiro não é séria” e que quando se gerou a confusão deixou de ver os elementos da associação. A Eh! Toiro diz que apenas entrou em contacto com a Arte Lusa para realizar o espectáculo, descartando responsabilidades na situação. A associação tinha programado para o final do espectáculo uma acção de animação na praça com música e petiscos, que também foi cancelada.
O dono da Arte Lusa diz ainda que o que estava combinado era o dinheiro da bilheteira servir para pagar aos recortadores e outras despesas e se houvesse lucro seria dividido com a Eh! Toiro. Nuno Castelão, provedor da Misericórdia da Chamusca, proprietária da praça de toiros, lamentou o sucedido, dizendo que apenas cedeu o espaço e que esta situação mancha a imagem das comemorações dos 100 anos da praça.

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