As empresas nacionais e os empresários são os grandes responsáveis pela revitalização económica que o país tem sentido nos últimos anos mas não podem adormecer na forma e têm de se preparar para os desafios futuros, que passam por acentuar a aposta na produtividade e inovação.
A ideia foi transmitida pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, na noite de terça-feira, 22 de Outubro, na cerimónia de atribuição dos galardões Empresa do Ano promovida por O MIRANTE e pela Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém.
“Apontámos como objectivo uma década para convergirmos com a União Europeia. Um terço do caminho está percorrido mas agora vem a parte mais difícil. As empresas recuperaram e arrumaram a casa, estão mais capitalizadas e competitivas, mas precisam de apostar no crescimento da produtividade e na inovação”, avisou.
Falando em Boleiros, Fátima, para uma plateia de empresários, políticos e figuras da região, Pedro Siza Vieira fez um ‘mea culpa’ político, admitindo que o Estado e o sector privado ainda precisam de afinar agulhas quanto às políticas públicas para haver uma real sinergia que seja vantajosa para os dois lados. Também deixou sem resposta o apelo da presidente da Nersant, Salomé Rafael, quando esta pediu uma atenção especial do novo Governo, que agora entra em funções, para a necessidade de reduzir a carga fiscal sobre as empresas.
“Os empresários e todos os que se esforçam para melhor servir os clientes são os grandes protagonistas do recente crescimento da economia portuguesa. Se hoje estamos num momento positivo isso deve-se a milhares de empresários, onde os desta sala são disso exemplo”, destacou Siza Vieira.
O governante garante que o seu ministério tem a noção exacta das dificuldades, carências e necessidades do tecido empresarial nacional e prometeu tudo fazer para ajudar as empresas a capitalizarem-se, obterem maior robustez de balanços e um acesso a financiamentos de capital mais simplificados.
“Vamos ter de ser bastante inteligentes na forma como vamos enfrentar este desafio. Estou convencido que as empresas e os trabalhadores deste país deram ao mundo nos últimos anos um exemplo”, elogiou o ministro, referindo-se ao crescimento económico anunciado para este ano, que se deverá situar acima da média europeia.