uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

O fim do topless, a penalização do piropo e os apalpões de há trinta anos

Em Setembro fui várias vezes à praia, a praias diferentes e só encontrei uma mulher com as mamas ao léu. A fazer topless, dirão os mais puristas da língua portuguesa. Confesso que fiquei a matutar no assunto.
Frequentemente fala-se de muitas e variadas coisas mas confesso que nunca falei, nem ouvi falar, do desaparecimento de mulheres que prescindem de usar a parte de cima do biquini quando vão à praia.
A seguir ao 25 de Abril de 1974 havia muitas mamas a apanhar ar, livres de qualquer cobertura, nas praias nacionais e, nomeadamente, nas praias mais frequentadas pelos ribatejanos. Podia não ser na zona das barracas alugadas ao mês pelas famílias, mas nas zonas de areal mais afastadas, era mato, como se costuma dizer. Vivíamos um período de liberdade e havia que libertar tudo o que estivesse preso e oprimido.
A pouco e pouco a moda foi-se extinguido e hoje é o que se vê...ou melhor, o que não se vê. No período da troika poderia ter havido um movimento contra a crise, simbolizado na falta de dinheiro para comprar as duas peças do biquini mas não houve. A geringonça poderá ter sido boa para as finanças e ter feito cair o desemprego mas não fez cair a cobertura dos seios nas nossas praias. O reaprisionamento das mamas na época balnear será um sinal de falta de liberdade?
Rui Ricardo

Mais Notícias

    A carregar...