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Leilão da Nutrigreen ficou muito aquém dos 34 milhões de euros em dívida
O Novo Banco é um dos principais credores da empresa a quem reclama mais de 20 milhões de euros em capital e juros

Leilão da Nutrigreen ficou muito aquém dos 34 milhões de euros em dívida

Empresa da Zibreira, Torres Novas, entrou em insolvência em 2017 e o total de créditos ultrapassa os 30 milhões de euros. No leilão de 25 de Outubro apenas foi vendido um lote que rendeu 520 mil euros.

O património da Nutrigreen, empresa que actuava na área da transformação de frutas em sumos, purés e derivados, esteve a leilão na tarde de sexta-feira, 25 de Outubro. O leilão, a cargo da leiloeira Avalibérica, ocorreu nas instalações da empresa, junto às portagens da A1, em Zibreira, no concelho de Torres Novas, e surge na sequência do processo de insolvência que corre no Tribunal Judicial de Santarém.
No leilão, onde compareceram mais de meia centena de interessados, foi arrematado apenas um lote de equipamentos no valor de 520 mil euros. O primeiro lote, e mais valioso, com um valor base de um milhão e 900 mil euros, que incluía dois pavilhões industriais (das empresas Nutrigreen e Nutrigreen II, Salads) e um terreno rústico, não teve licitações e irá ser colocado à venda na plataforma online da Avalibérica.
Criada por Carlos Carvalhinha, em 2007, a Nutrigreen foi uma das coqueluches do Banco Espírito Santo no tempo de Ricardo Salgado, mas o investimento não correu bem. Em 2010, a empresa firmou um acordo com a multinacional Danone, tendo instalado na fábrica máquinas à medida das exigências da empresa francesa para produzir um novo sumo com o qual a multinacional se preparava para entrar no mercado dos sumos naturais. Contudo, a crise de dívida soberana e de crédito, que despontou em 2011, trocou as voltas à Danone e, consequentemente, à Nutrigreen.
A empresa, que chegou a empregar 140 trabalhadores e venceu vários prémios internacionais de inovação, iniciou em 2015 um Processo Especial de Revitalização (PER) que acabou por não dar frutos. Em Outubro de 2017, a Nutrigreen entrava em insolvência e era nomeado pelo tribunal Jorge Calvete como administrador. Na lista de credores surge à cabeça o Novo Banco (antigo Banco Espírito Santo) com mais de 20 milhões de euros em capital e juros. O total dos créditos reconhecidos soma 34 milhões de euros.

Leilão da Nutrigreen ficou muito aquém dos 34 milhões de euros em dívida

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