A direcção do Agrupamento de Escolas do Entroncamento permitiu que a cidade fosse inundada por boatos, que causaram preocupação a muita gente, ao não dar explicações públicas, nomeadamente através da comunicação social, sobre os incidentes registados na Escola Ruy d’Andrade, na terça-feira, 29 de Outubro. Fala-se muito de muros e é bom que se fale também deste tipo de muros...de silêncio.
Uma professora interveio num conflito entre alunos, crianças, e uma dessas crianças foi dizer aos pais que ela a tinha agredido. Estes decidiram fazer justiça pelas suas próprias mãos e foram à escola confrontar a professora. A docente foi ao hospital para ser observada e a Polícia comunicou o assunto ao Ministério Público. No dia a seguir aos acontecimentos alguém lançou o boato de alunos com armas na escola, o que foi desmentido pela PSP mas não pela escola, que mais uma vez se escudou no tal muro de silêncio.
Ainda não encontrei qualquer informação oficial dada pela direcção do agrupamento de escolas. Nem nos meios de comunicação nem na página de Facebook do Agrupamento e já lá vai quase uma semana. A seguir aos acontecimentos houve uma reunião de professores mas também nada foi dito.
Meter a cabeça na areia e fingir que nada aconteceu não parece ser boa solução mas, pelo que vou observando ao longo dos anos, continua a ser algo que muitos professores com responsabilidades na direcção de escolas continuam a fazer. Calam-se, omitem, fingem e assobiam para o lado.
Rui Ricardo