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Os CTT funcionam mal e tratam os clientes com a arrogância dos incompetentes

Na terça-feira, 29 de Outubro, às 20h20, recebi um SMS no meu telemóvel avisando-me que no dia seguinte me seria entregue uma encomenda em casa, entre as 09h00 e as 19h00. Um abuso completo, como se percebe, porque não é minimamente aceitável que seja estabelecido um período de entrega um período de 10 horas. Para os CTT, e infelizmente para muitas outras empresas que fazem o mesmo, os clientes servem apenas para pagar e... esperar, deixando de fazer o que têm a fazer.
Ajustei, com a minha esposa e o meu filho, as nossas actividades para estar sempre alguém em casa naquele período de tempo, mas a encomenda não foi entregue. Os CTT, para além de não cumprirem algo que nos tinham imposto, não deram qualquer justificação e não me mandaram mais nenhum SMS a reagendar a entrega.
No dia seguinte, 31 de Outubro, ao chegar a casa, encontrei na caixa do correio um papel dos CTT com o título “Passámos por cá” e, mais abaixo: “Como não estava, não foi possível entregar a sua encomenda”. Arrogância e falta de vergonha. E os CTT informavam que se eu quisesse, que fosse levantar a encomenda à estação dos correios nos próximos “5 dias úteis”. O cliente é que paga a incompetência e ineficiência dos CTT.
Para quem pense que os CTT começaram a funcionar mal após a privatização, digo, em abono da verdade, que sempre funcionaram mal. Lembro-me que, quando eram propriedade dos Estado, havia funcionários, nomeadamente alguns que atendiam nos balcões, que desprezavam os clientes, humilhavam-nos e faziam-nos esperar trabalhando o mais lentamente que podiam, enquanto iam conversando com os colegas do lado. Muitos até se ausentavam quando as filas eram maiores e não mostravam a mínima disponibilidade ou vontade para ajudar quem precisava de ajuda. A privatização não afastou a maior parte dessas pessoas e elas continuam a fazer o mesmo.
Fernando de Carvalho

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