A Póvoa de Santa Iria é cidade há 20 anos, cresceu, está mais desenvolvida e mais aprazível, mas não pode dormir na forma porque ainda há muita coisa em falta para tornar melhor a vida dos cidadãos. Esta foi a ideia-chave transmitida nos discursos da sessão solene que teve lugar a 1 de Novembro e que assinalou os 20 anos de elevação a cidade daquele território.
Em 1999 a Póvoa era uma vila com 22 mil habitantes e pouco mais de 15 mil eleitores. Hoje, apesar das diferenças jurídico-administrativas – como estar inserida numa união de freguesias com a vizinha Forte da Casa - só na cidade da Póvoa residem mais de 30 mil pessoas. De uma freguesia “completamente desprovida de quase tudo” ergueu-se para ser um território que tem hoje um conjunto de mais-valias “que a todos nos orgulham”, destacou o presidente daquela união de freguesias, Jorge Ribeiro (PS).
No seu discurso o autarca lembrou que a cidade não está tão má como os críticos dizem, lembrando os milhões de euros que foram sendo investido nas últimas décadas. “No início de 1999 éramos uma vila com quase nada tirando prédios em abundância, uma piscina municipal construída no âmbito de uma contrapartida e um palácio praticamente em ruínas. A nossa realidade hoje é diferente, por mais que a tentem pintar de negro”, criticou.
Jorge Ribeiro aproveitou para lembrar que nem tudo são rosas e voltou a defender a necessidade de um maior investimento na mobilidade, em particular a famigerada construção do nó dos Caniços de ligação à Auto-Estrada do Norte (A1). “Com a construção de novas urbanizações o acesso à A1 torna-se cada vez mais urgente”, avisou.
A criação de um espaço multiusos e um pavilhão suficientemente grande para acolher eventos desportivos e culturais de maior relevo foi também considerada uma necessidade. O autarca prometeu uma maior aposta na jardinagem, higiene urbana e manutenção dos espaços públicos.

“Temos de dar corda aos sapatos”
A presidente da assembleia de freguesia, Ana Paula Bayer (Coligação Mais, liderada pelo PSD), lembrou a necessidade de serem dados passos mais rápidos para responder às necessidades da população, em particular no que toca às acessibilidades e acesso à saúde. Faltam equipamentos colectivos, de prestação de serviços, lazer e convívio.
A autarca avisou que é preciso “dar corda aos sapatos” e avançar para a contrução de um auditório, mais lugares de estacionamento, novos parques de lazer e bem-estar, reforço de médicos de família e melhores horários de ligação entre os diferentes transportes públicos.