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Cemitério de Aveiras de Cima está a rebentar pelas costuras
Junta de freguesia deixou de vender campas a privados para conter o problema

Cemitério de Aveiras de Cima está a rebentar pelas costuras

A falta de espaço está a deixar a população apreensiva. Já só há uma sepultura livre e em média morrem 60 pessoas por ano. Município adquiriu novo terreno e promete um alargamento para breve.

O cemitério de Aveiras de Cima, situado à entrada da vila, está perto de atingir a capacidade máxima e precisa de uma ampliação urgente. No terreno já só existe uma sepultura disponível, situação que está a deixar a população apreensiva, principalmente aqueles que não têm uma campa de família. A necessidade de alargamento é debatida há vários anos, mas para se morrer em Aveiras de Cima é preciso estar em lista de espera ou “improvisar soluções”, lamenta o presidente da junta de freguesia, António Torrão (CDU).
“Há uma série de anos que temos vindo a alertar a Câmara de Azambuja para este problema. Agora a situação está a ficar grave e esperamos que seja resolvida em breve”, sublinha o autarca. Naquela freguesia morrem em média entre 60 a 80 pessoas por ano e o que tem salvado a situação é que é habitual as famílias terem jazigos próprios. “Há três anos que a junta deixou de vender covas e enquanto o cemitério não for alargado, não o podemos fazer. Vamos remediando a situação fazendo o levantamento dos corpos que estão enterrados há mais anos”, explica o presidente de junta.
Projecto de alargamento em marcha
O problema é reconhecido pela Câmara de Azambuja, que está apostada em resolvê-lo tendo conseguido adquirir recentemente um terreno adjacente, cuja negociação com o proprietário durava há mais de um ano. O terreno, com dois hectares, foi adquirido por 70 mil euros e segundo o presidente do município, Luís de Sousa (PS), já está em marcha o projecto para a execução dos trabalhos.
“O alargamento vai avançar quando estiver concluído o projecto que foi pedido com carácter de urgência e já está a ser executado”, explicou o autarca, admitindo a necessidade de se arranjar espaço para enterrar os mortos. Não há, no entanto, uma data para o arranque dos trabalhos.

Lençol freático atrasa decomposição
Um lençol freático que abrange parte do terreno do cemitério tem atrasado a decomposição dos corpos e, consequentemente, o seu levantamento. “É mais um problema para a falta de espaço”, diz António Torrão. Esta situação obriga a que a empresa contratada pela junta de freguesia para fazer a gestão do cemitério, por falta de um coveiro, tenha de recorrer ao uso de bioquímicos (misturas de enzimas e microrganismos) em maiores quantidades, de modo a acelerar a decomposição dos corpos.
Os lençóis freáticos - águas subterrâneas - que estão próximos dos cemitérios levantam ainda um outro problema: são susceptíveis à contaminação pela decomposição dos corpos.

Cemitério de Aveiras de Cima está a rebentar pelas costuras

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