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Estudantes estrangeiros como peixes na água em Santarém
Alunos estrangeiros a estudar no Instituto Politécnico de Santarém estão muito felizes com a opção que tomaram de viver na capital do Ribatejo

Estudantes estrangeiros como peixes na água em Santarém

No Politécnico de Santarém é possível encontrar alunos checos, gregos, sérvios e franceses sentados à mesma mesa. A propósito do Dia Internacional do Estudante, que se comemora a 17 de Novembro, O MIRANTE falou com quatro alunos estrangeiros sobre a experiência que é estudar e viver a milhares de quilómetros de casa. E não faltaram os elogios.

O Instituto Politécnico de Santarém (IPS) tem cerca de 400 alunos estrangeiros por ano, num universo de cerca de quatro mil alunos que estudam nas suas cinco escolas. A grande maioria é proveniente de países de língua oficial portuguesa e cerca de 40 estão em mobilidade através do programa Erasmus.
Robert Korcas viajou da Sérvia para Santarém e diz que para os sérvios Portugal é como o Brasil para os portugueses: uma foto num postal onde toda a gente quer ir. “Todos os meus amigos disseram que deveria agarrar esta oportunidade e assim fiz: no último dia escolhi Santarém, não sem antes pesquisar e achar a cidade bonita e geograficamente bem localizada”, conta.
Robert estuda Gestão e Marketing e afirma que foi muito bem recebido pelos professores e colegas. Hospedado num dos dormitórios que o IPS disponibiliza para os estudantes, diz que se sente em casa. “Sinto que toda a gente me conhece aqui dentro”.
O jovem sérvio confessa que não esperava que Santarém fosse tão grande e diz que já arranjou uma solução para o problema. “Tive que comprar uma bicicleta para me movimentar”. Conta que quando chegar um dia mais quente vai pedalar até ao Tejo embora já tenha reparado que o rio leva pouca água.
Jeanne Loudet tem uns olhos azuis que fazem a diferença. Vive às portas de Paris e admite que vir para Santarém não estava nos seus planos iniciais. “Queria estudar em Lisboa ou Porto mas a minha professora garantiu-me que Santarém era a melhor opção”, afirma a jovem francesa.
Jeanne diz não ter saudades dos pais. “Estou num exercício de libertação e autonomia”, afirma com um sorriso no rosto. A jovem já percorreu o país quase todo e guarda excelentes recordações de Tomar. “É uma cidade linda. Um pouco ao jeito das cidades históricas em França”, explica salientando que um dia não se importaria de viver em Portugal: “aqui sinto-me leve e descontraída”.

A beleza das Portas do Sol e a vida nocturna
Jiri Kalich, 22 anos, estuda Economia e vem da República Checa. É o único dos quatro amigos que escolheu vir estudar para Santarém por opção própria. “Estava com receio em vir para cá, mas as pessoas são tão simpáticas e sorridentes que perdi o medo rapidamente”, explica. E confessa que perde a conta aos quilómetros que faz por dia a andar pela cidade. “É uma cidade muito acolhedora. E tem um sítio incrível onde adoro ir, que é o jardim das Portas do Sol”, conclui.
O mais irreverente dos quatro amigos vem de Atenas, Grécia, e chama-se Aris Kostopoulos. Na conversa começou por dizer que Espanha era o destino inicial mas como não sabia falar espanhol optou por Santarém. “Estudo Administração de Empresas e como aqui todas as aulas são dadas em inglês facilita muito a aprendizagem”. Aris considera as pessoas da cidade muito acessíveis até na hora de discutir. “É muito fácil ter discussões com um português porque são sempre muito afáveis. O único problema é que muitos falam mal inglês”, afirma.
Adepto de saídas nocturnas, já percorreu todos os estabelecimentos nocturnos da cidade e não está desiludido. “É incrível como todas as pessoas aqui se conhecem. Tenho que ter cuidado para não exagerar nos copos e apanharem-me a fazer figuras”, termina em jeito de brincadeira.

Estudantes estrangeiros como peixes na água em Santarém

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