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“Mais tarde ou mais cedo um emigrante quer sempre regressar”
António Brogueira trabalha na área das telecomunicações em Inglaterra

“Mais tarde ou mais cedo um emigrante quer sempre regressar”

António Brogueira emigrou para Inglaterra em Agosto de 2019. Recebeu um convite para fazer parte do novo projecto da empresa portuguesa onde trabalha e não pensou duas vezes. Não é a primeira vez que o supervisor e juntista de fibra óptica, natural da Golegã, reside noutro país.


António Brogueira, 37 anos, estava feliz em Portugal a trabalhar na área das telecomunicações, mas uma proposta para ir trabalhar para Inglaterra num novo projecto da empresa portuguesa onde é funcionário tornou-se irrecusável. Decidiu, então, aceitar o desafio e, em Agosto de 2019, partir sozinho para a cidade de Leeds, no norte de Inglaterra.
“Emigrar não fazia parte dos meus planos, apesar de já ter dado uma espreitadela ao mercado de trabalho na Inglaterra”, confessa o supervisor e juntista de fibra óptica, natural da Golegã e residente em Torres Novas, dizendo que nos primeiros dias não sentiu grandes dificuldades de adaptação. Esta não é a primeira experiência de António a residir noutro país. Entre Março de 2012 e Maio de 2017, o profissional da área das telecomunicações viveu em Angola e, mais tarde, de Maio de 2017 a Dezembro de 2018, esteve em Kilkenny, na Irlanda.
Sem ver grandes diferenças entre Portugal e Inglaterra, António Brogueira conta que, neste momento, e porque o projecto da empresa portuguesa onde labora ainda está a arrancar, a sua jornada diária é dedicada sobretudo ao trabalho. O dia começa sempre bem cedo, entrando ao serviço pelas sete da manhã. Segue-se um dia atarefado que só termina pelas sete da tarde, quando vai ao ginásio ou ruma directamente a casa. Já nos dias em que não trabalha aproveita para dar uma volta com os amigos que, entretanto, já fez naquele país e conhecer um pouco mais do país.

Clientes ingleses são mais exigentes
Solteiro e sem filhos, António diz que, apesar de estar emigrado há pouco tempo, já sente saudades da família, dos amigos e da comida portuguesa. Felizmente, adianta, vive-se numa Era em que a tecnologia ajuda imenso a encurtar distâncias, graças às redes sociais e aos telefonemas. Quanto aos pratos portugueses, diz que faz questão de os cozinhar. “Prefiro a nossa gastronomia. A comida inglesa é mais limitada que a portuguesa”, revela.
António adianta que Inglaterra está mais atrasada no ramo das telecomunicações em relação a Portugal e, por isso, há uma maior facilidade em arranjar emprego nessa área e os funcionários são mais valorizados. Em relação aos clientes, garante que os ingleses são muito exigentes e estão mais habituados a reclamar. Em alguns casos até, desabafa, “são pouco simpáticos e alguns julgam-se superiores mesmo quando não entendem”.
Apesar de não ter tido ainda hipótese de regressar a Portugal desde que está em terras de Sua Majestade pretende fazê-lo regularmente. António Brogueira vê com bons olhos o seu futuro e do seu país, admitindo que pretende mais cedo ou mais tarde regressar. “Acho que é assim que pensam todos os portugueses que estão fora”, refere.

“Mais tarde ou mais cedo um emigrante quer sempre regressar”

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